Médicos e enfermeiros são confrontados diariamente com todo tipo de caso. Desde casos raros, até casos muito simples. Mas também, dentro do hospital, muita coisa inusitada pode acontecer.
Muitas vezes, casos que parecem ser uma coisa, acabam se revelando outras completamente diferentes. Esse é mais ou menos o caso que foi divulgado recentemente, que surpreendeu toda a equipe médica.
Uma mulher deu entrada na emergência se queixando de sintomas respiratórios, dor e tosse. Uma primeira avaliação apontou para o diagnóstico de tuberculose, o que foi investigado.
A tuberculose (TB) é uma doença dolorosa que afeta os pulmões e que hoje mata mais de um milhão de pessoas por ano em todo o mundo. Estima-se que cerca de um quarto da população da Terra esteja infectada com a bactéria da tuberculose, embora não tenha contraído a doença.
Se não forem tratadas, 45% das pessoas com tuberculose morrerão. Esse porcentagem aumenta entre pacientes que também sejam HIV positivos. Embora possa ser vista como uma doença do passado, ainda existe hoje em dia e requer longos ciclos de antibióticos como tratamento.
No entanto, nem sempre o diagnóstico é aquilo que parece. As vezes, pode ser uma camisinha. O caso foi divulgado em um relatório médico publicado na National Library of Medicine, chamando a atenção.
PACIENTE DE 27 ANOS, SINTOMAS DE TUBERCULOSE
Tudo começou quando uma mulher, de 27 anos, deu entrada na emergência e relatou febre, tosse e um muco persistente já durava seis meses. Quatro meses antes disso, ou seja, com dois meses de sintoma, ela já havia ido ao ambulatório e se consultado.
Nessa ocasião, o diagnóstico havia sido de tuberculose e um kit de remédios foi prescrito. Ela seguiu o curso de tratamento, mas os sintomas simplesmente não desapareciam, a levando a procurar a emergência.
No hospital, os médicos coletaram o escarro da paciente, que foi identificada apenas como uma professora. O material resultou negativo para tuberculose, o que deu início a uma longa investigação.
Uma tomografia revelou uma lesão no lobo superior direito de seus pulmões. Os médicos continuaram investigando e encontraram o que parecia ser “uma estrutura semelhante a um saco invertido‘ sentado ’no brônquio”.
A equipe removeu a misteriosa “bolsa”. Embora a maior parte tenha sido destruída pelo processo, ainda era identificável como um preservativo. A descoberta surpreendeu os médicos.
É difícil imaginar como uma camisinha pode ter parado no pulmão de um paciente. Sendo assim, os médicos começaram a fazer algumas perguntas a paciente, tentando encontrar a origem da história.
O FIM DO MISTÉRIO
O que parecia um grande mistério, na verdade, é bastante simples. Durante as conversas, tanto a paciente, quanto o marido dela, se lembraram de um episódio que havia ocorrido meses atrás.
Durante um momento de intimidade, a mulher praticava sexo oral no marido e a camisinha se soltou. A mulher se lembra de ter tossido, mas naquele momento nenhum dos dois deu importância a situação, imaginando que o objeto seria expelido naturalmente.
Para a equipe médica, o constrangimento do casal pode ter colaborado para que a situação durasse tanto tempo. Se tivessem contado sobre a experiência logo de começo, os médicos teriam suspeitado mais cedo. Ao mesmo tempo, é difícil saber se o casal realmente não relacionou as coisas.
A paciente espera uma recuperação tranquila, embora provavelmente vá precisar de uma broncoscopia porque alguns pedaços da camisinha ainda ficaram no pulmão.