Uma equipe de arqueólogos egípcios e polacos descobriu a localização da antiga Biblioteca de Alexandria, desaparecida há quase 16 séculos, anunciou este sábado o Ministério do Turismo do Egito. A TSF falou com uma especialista no assunto.
Os arqueólogos depararam-se com 13 salas de conferências com capacidade para albergar 5.000 estudantes, de acordo um comunicado emitido pelo secretário-geral do Conselho Superior das Antiguidades (CSA), Zahi Hawwas.
As salas encontram-se perto de um teatro descoberto anteriormente e que poderá ter pertencido à biblioteca de Alexandria.
Para Maria Helena Trindade Lopes, especialista portuguesa em assuntos relacionados com o Egipto, ouvida pela TSF, esta descoberta é significativa.
O reconhecimento do espaço, com todas as especificidades que possa dar, pode ser extraordinariamente importante para tornar mais visível para o público do século XXI o que seria aquela realidade», afirmou.
Alexandria foi grande capital do Egipto helenístico, era a metrópole cultural e a biblioteca de Alexandria era um marco fundamental, decisivo, na construção de uma identidade cultural, era um mundo de conhecimento», acrescentou.
A prová-lo o facto dos filósofos Arquimedes e Euclides terem trabalhado neste local, que terá sido incendiado durante uma insurreição contra César em 48 AC, sob Cleópatra VIII (51-30).
Os historiadores pensam que António e Cleópatra transferiram depois a biblioteca para o Serapeum, mas este foi também incendiado em 390 por cristãos.
Em 2002 foi inaugurada uma nova Biblioteca de Alexandria, relativamente perto da biblioteca antiga.
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