Sou funcionário de um banco que presta serviços a algumas empresas de grande porte (seus correntistas).
Em uma dessas empresas,eu ficava em uma salinha no térreo, enquanto os funcionários ficavam nos andares acima.
Quase todo dia, quando estava sozinho na sala, tinha a sensação de que havia chegado alguém.
No começo, quando olhava não via ninguém. Após algum tempo, podia até ver a pessoa.
Um homem branco, alto, de traços nobres e sempre com roupa social.
Nunca tive medo dessas coisas, e ficava na minha. Até que um dia, uma funcionária dessa empresa veio falar comigo acompanhada do tal fantasma!
Ela parecia não ver o espectro. Demorei alguns segundos para reconhece-lo. Nem pensei em falar com a moça sobre o fantasma, que se demorou um pouco no ambiente, deu meia volta e sumiu da sala andando.
Contudo, não pude disfarçar o meu espanto ao ver “alguém” ao lado da garota. Minha expressão nervosa foi inevitável e a funcionária notou. Ela perguntou o que eu tinha visto. Nunca fui de mentir e falei tudo.
Expliquei ainda que tinha a impressão que o homem vinha da sala ao lado, que era como um laboratório cheio de equipamentos.
E quando comentei sobre as características e a fisionomia do fantasma, a moça começou a chorar. Falou que podia ser um funcionário que se suicidou na empresa, jogando-se pela janela do quinto ou sexto andar.
Antes de morrer, ele teria ficado por um bom tempo nessa sala ao lado da minha, como se estivesse elaborando o suicídio. Que era colega de trabalho dela; trabalharam juntos…
Não quero dar mais dados para não perturbar os parentes do tal senhor, nem “tumultuar” a cabeça dos descrentes…