Na década de 1840, ocorreu um achado que deixou atônito à comunidade científica do momento. Dentro de um fragmento de âmbar, que tinha 40 milhões de anos, apareceu o corpo fossilizado de uma aranha que tinha grande semelhança com um pelicano. Os naturalistas achavam que não havia nada parecido em todo o planeta, até décadas depois, em 1881, em Madagascar foram encontradas várias espécies do mesmo tipo de aracnídeos: aranha-pelicano, um tipo de aranha canibal que empalavam suas vítimas.
As Archaeidae são uma família de aranhas, das quais 70 espécies foram descritas. Elas também são conhecidas como aranhas assassinas ou aranhas pelicanas. Como dissemos, até 1881, quando as primeiras espécies vivas foram descobertas em Madagascar, acreditava-se que elas se tornaram extintas há milhares de anos.
As aranhas-pelicano medem mais de 5 mm e são conhecidas como canibais ou assassinas, porque só se alimentam de outras aranhas. O nome das aranhas-pelicano é dado devido à sua forma anatômica, aos seus maxilares alongados e longo pescoço. Esta configuração anatômica não é gratuita, pois elas usam suas poderosas mandíbulas para se protegerem de suas vítimas.
Crédito da Imagem: Robert Whyte / Greg Anderson, Wikimedia Commons
Além de Madagascar, as aranhas-pelicano podem ser encontradas na Austrália e na África do Sul. Os cientistas acreditam que essas aranhas são “fósseis vivos” e que seus antepassados foram espalhados por diferentes continentes quando Pangeia fragmentou em 175 milhões de anos atrás.
Aranha-Pelicano capturando presa
Tudo sobre as aranhas-pelicano
Crédito da Imagem de Destaque: Aranha-Pelicano / Zookeys | bl832store.lbl.gov/hmwood/index.html
Saiba mais:
Documento científico / Hannah Marie Wood
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