De todos os animais que foram domesticados ao longo dos anos, os cães provavelmente são os que melhor simbolizam essa prática humana. Descendentes de espécies selvagens, como lobos, os cães chamaram a atenção do ser humano porque poderiam desempenhar papeis, servir a propósitos, e ajudar em muitos aspectos da vida cotidiana. Cães já foram usados em caça, em proteção de propriedades, locomoção e transporte de carga, dentre outras funções ao longo dos anos.
Registros históricos mostram que muitas raças de cães foram se perdendo com o passar do tempo. Atualmente é seguro afirmar que algumas delas entraram em extinção, mas você sabe quais raças são essas? Confira a lista com algumas das raças que já não existem mais atualmente. Raças geralmente não surgem de forma espontânea, sendo muitas vezes resultado de cruzamentos propositais e pensados pelo ser humano, para gerar um animal de características próprias. Muitas das raças a seguir entraram em extinção porque deixaram de servir a um proposito.
1. Kuri
Um dos cães que se perdeu ao longo do tempo foram os Kuri. Esses animais provavelmente surgiram na Polinésia e se popularizaram na Nova Zelândia. Os documentos apontam que eles eram bem quistos pelas mulheres maori, mas não pelo resto da humanidade (ao que tudo indica). Uma viajante francesa, por exemplo, escreveu que a raça era “traiçoeira”. O relato foi feito no ano de 1771 e afirmava que os Kuri mordiam as pessoas com frequência. Os Kuri ainda tinham fama de feios e teimosos.
2. Talbot
Esse foi um cão adorado pelas elites da Idade Média, tanto que chegou a estampar brasões de diversas famílias. Esse era um animal de porte esguio, muito elegante e descrito como excelente caçador, apesar de lento. Os Talbot eram descritos como extremamente leais e de excelente olfato, chegando muitas vezes a serem usados em batalha. Ele foi muito popular na Inglaterra e acredita-se que o Beagle descenda dele.
3. Molossus
Se o Talbot precedeu o Beagle, o Molossus é apontado como um antepassado das raças de grande porte, como Mastiff e São Bernardo. A principal hipótese é a de que esses animais tenham sido muito usados em caça, porque eram muito leais aos donos e corajosos para enfrentar as presas. Esse era um cão grande, de grande porte, e de mordedura poderosa, além de físico musculoso.
4. Cão de Luta de Córdoba
Esta foi uma raça popularizada na Argentina que chegou a fazer sucesso em “rinhas”, quando essa prática era socialmente tolerada. O problema é que o cão tinha uma personalidade muito agressiva e isso impedia novas cruzas. Segundo relatos, durante a reprodução, os cães machos e as cães fêmeas brigavam violentamente e, eventualmente, foi impossível manter a raça. Com o tempo, ela entrou em extinção.
5. Braque du Puy
Este foi um cão muito popular entre as elites francesas no século 19. A raça foi criada e serviu principalmente na prática de caça. De porte médio para grande, estes animais eram descritos como muito flexíveis, ágeis e inteligentes. O Braque du Puy compartilhou semelhanças com muitas raças que existem até hoje, mas não é mais encontrado em sua linhagem “pura”.