Segundo a história, o povo do Egito teria sofrido com dez pragas. De acordo com a tradição judaico-cristã, essas pragas teriam sido enviadas por Deus para que Israel fosse libertado do Egito.
Entre as pragas do Egito, podemos destacar a morte dos primogênitos de Faraó, as águas em sangue, os piolhos e a sarna. Deixando de lado o aspecto religioso e místico, é sabido que o povo do Egito sofreu muito com doenças. Estudos arqueológicos demonstraram que os egípcios não viviam em boas condições de saúde. A população do Egito passava fome, sofria de desnutrição e de outras dezenas de doenças infecciosas. Os índices de mortalidade infantil eram altíssimos.
A descoberta foi feita no projeto Qubbet el-Hawa, realizado pelas Universidades de Jaen e de Granada, na Espanha, e pela Suprema Corte de Antiguidades da República Árabe do Egito. Segundo o levantamento, a população do Egito viveu no limite da sobrevivência. A expectativa de vida era de, no máximo, 30 anos.
No Egito, os principais problemas de saúde eram a má nutrição e as desordens gastrointestinais severas decorrentes do consumo de água contaminada do Rio Nilo. As doenças do coração também já eram conhecidas no Egito há muitos anos. A arterioesclerose já atingia os egípcios em tempos remotos. Até os faraós sofriam da doença. Essa informação foi conhecida depois de estudos com múmias.
Segundo o Journal of the American Medical Association, as enfermidades cardiovasculares eram onipresentes em tempos antigos, principalmente na alta sociedade egípcia de vários milênios atrás.