Loja de drogas legais tem clientes de todas as idades
Incensos, afrodisíacos, cogumelos e ervas que “rejuvenescem a mente” como a marijuana selvagem são alguns dos produtos mais procurados na Imperium a loja de venda de drogas legais que promete alucinar mentes e que abriu recentemente em Cascais.
Homens, mulheres, novos e velhos passam pela montra, demoram-se, e muitos acabam por entrar. Os jovens fazem muitas perguntas, os mais velhos sabem bem o que querem. A curiosidade, porém, é comum a todas as idades, admite Luís Vitorino, proprietário da loja, a quinta do género a abrir na Grande Lisboa.
A aposta no design não passa despercebida. “Queria que fosse um espaço simples e muito elegante, até porque está no centro da vila”, explica o proprietário, acrescentando que a opção de abrir as portas sem publicidade ou festa de inauguração foi propositada. “Este é um meio conservador”, admite. “Não valia a pena criar alarmismos”.
Luís Vitorino tem ainda fresca na memória a polémica criada em 2007, quando, em Aveiro, abriu a Cogumelo Mágico.
A Imperium abriu há menos de um mês. Luís Vitorino garante que pesquisou e visitou muitaslojas semelhantes na Holanda. “Só abri a casa quando me garantiram de que o que tinha aqui era absolutamente legal”. Além de várias ervas para fumar, há ainda diversos tipos de cachimbos de água, tabacos e chás, a maioria relaxantes, como é o caso da “Dragon” a erva mais forte, que custa 35 euros.
“Já passei por lá. Pensei que aquilo era um sítio para vender drogas aos miúdos, mas afinal não fiquei chocada”, confessa Arminda Gomes, residente em Cascais. Outros jovens abordados pelo JN admitem que já foram visitar a loja, mas saíram de lá desiludidos. “Não há nada ali que bata”, confessaram, enquanto devoravam imperiais numa esplanada.
Luís, que não quis dar o apelido para não “chocar” a família conservadora, conhece bem este tipo de lojas. “Conheço muitas casas destas em Amsterdão, mas em Portugal são muito light devido à legislação muito apertada”.
Mas como a Imperium é recente e suscita curiosidades várias, Luís, que veio de Sintra, para conhecer a loja de Cascais, não poderia ter escolhido pior dia. Quando entrou já lá estava uma equipa das Finanças. E ainda as Finanças estavam a tentar perceber se estava tudo conforme a lei, entraram dois homens que o JN apurou depois serem polícias à paisana.
Também eles foram aferir a verdade dos boatos: muita droga à venda. Não se demoraram lá dentro.
Fonte:
Jornal de Noticias