De origem inglesa, o termo lobby significa “antessala” ou “salão”, traduzindo-se de forma literal. A palavra Lobby tem muitos significados, como na arquitetura, por exemplo, que se refere à um andar ou nível de um prédio, mas trata-se, principalmente, de uma profissão reconhecida nos Estados Unidos por lei. O termo é usado para definir a pressão que é exercida por alguém ou por um determinado grupo que tenta, baseado em seus interesses, influenciar um determinado indivíduo que é tomador de decisões. Isso, normalmente, é associado à política e, apesar de isso realmente ser bastante presente nesse segmento, não se restringe a ele. É importante, entretanto, fazer uma desassociação desse termo com a corrupção, já que se refere mais à defesa de seus interesses, podendo ser usado para fins equivocados, assim como quaisquer outras técnicas de marketing, por exemplo.
A técnica
A técnica consiste, em si, em uma forma de comunicação e de debate, podendo ser traduzida nessa forma de tentar convencer as pessoas de uma determinada coisa. A técnica não pode ser considerada uma prática imoral, já que imoral é quem a pratica de forma errônea. A prática é bastante comum no que se refere às tentativas de convencer os parlamentares e executivos do governo, assim como outros funcionários, a votarem por uma determinada decisão que favorece o lobista, nome pelo qual é chamado o profissional de Lobby.
Lobby no Brasil
O termo no Brasil vem sendo referido sempre com uma conotação negativa, estando quase sempre relacionado à corrupção. Qualquer cidadão, entretanto, pode promover uma discussão querendo convencer os políticos eleitos de atender os interesses da comunidade. A questão é que, normalmente, isso vem sendo usado por meio de propina ou suborno, ou seja, de forma ilícita e sem o conhecimento público para atender aos interesses específicos dos lobistas.
Podemos citar, por exemplo, um Ministro que em um meio oficial, como uma reunião, por exemplo, recebe pautas e assuntos específicos, e recebe os lobistas do setor responsável.
Limitações éticas
Existe, diante de pontos de vista éticos, limitações para a prática do Lobby. Uma delas é quando diz respeito aos interesses particulares, e isso entra em conflito, agindo em detrimento à preservação do patrimônio público, ambiental ou social, como por exemplo a realização da influência para que seja permitida a desmatamento de uma determinada área objetivando a demarcação de terras.
Outra situação que pode ser usada como exemplo de imoral ou considerada uma aplicação errada da técnica do lobby, é no meio judiciário. No ano de 2012, a OAB lançou uma campanha objetivando acabar com essa prática, já que, entre juristas, advogados ou pessoas que não estão diretamente ligadas à área acabam tentando exercer influências sobre juízes e desembargadores.
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