Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Riverside e da Universidade de Wyoming, descobriram que a base para a receita do fio remonta aos primeiros “tecedores de círculos” surgidos há 125 milhões de anos e que há muito pouca coisa a ser melhorada nesta receita, conforme matéria publicada na revista Science e Jornal The New York Times de abril 2001
Também decifraram proteínas de fio a partir de diversas espécies de linhagens antigas e primitivas de aranhas, que remontam a 400 milhões de anos, notando algumas diferenças, o que confirma a existência de ampla variedade de tecidos que ainda estariam por ser descobertos entre as 35.000 espécies de aranhas existentes.
Sem temperaturas muito elevadas, pressão exagerada ou poluição, as aranhas são capazes de produzir uma corrente contínua de seu fio, uma das fibras mais poderosas que existem: Por ser leve e elástico, é mais forte do que o aço, porém é facilmente reciclável, e poderia em diversas circunstâncias substituir o plástico.
“Ela é benéfica ao ambiente e é uma superfibra”, afirma o Dr. David P. Knight, um pesquisador da Universidade de Oxford, Inglaterra.
Porém, extrair a seda da aranha para utilização comercial é algo bastante problemático. As aranhas, por serem predadoras, não vivem próximas umas às outras, o que inviabiliza centros de produção de larga escala.
Mas, algo deve ser registrado: apesar de todo nosso progresso industrial, as aranhas continuam sendo as melhores fabricantes. “Elas estão no ramo há 400 milhões de anos”, afirma o Dr. Knight, de Oxford. “Trata-se de um longo período de pesquisa e investimento”.
Fonte: The New York Times/UOL – Kenneth Chang/
Tradução: André Medina Carone.