Para quem gosta de acompanhar notícias sobre o espaço, uma em particular tem sido muito comemorada. Isso porque agências de monitoramento confirmaram a passagem de uma chuva de meteoros, prevista para a madrugada do próximo dia 31. Ainda segundo as informações, o evento deve ter um pico por volta das 2 horas da madrugada, e poderá ser vista de algumas regiões do Brasil. Chuvas de meteoro não são tão comuns, principalmente da magnitude necessária para visível da Terra. Não é à toa que os apaixonados por esse tema estejam comemorando.
A chuva em questão foi batizada de Tau Herculids pelos pesquisadores. Ela tem sido considerada atípica, em função de sua intensidade. Algumas previsões apontam que a chuva pode ser de 140 a 1400 meteoros por hora, mas é difícil ter precisão nesse tipo de previsão. O ideal é usar as previsões apenas como uma baliza para ter uma ideia do que esperar, mas nunca como uma garantia. Quem repassa as informações é a Organização Internacional de Meteoros, que também explicou o motivo para a falta de precisão, sendo um deles o fato de que a Terra nunca cruzou com essa trilha antes.
Os pesquisadores que localizaram a chuva de meteoros também já divulgaram algumas informações em relação ao evento. O Tau Herculids é consequência da ruptura do cometa 73P/Schwassmann-Wachmann 3 (SW3), ou seja, são os fragmentos deste cometa que poderão ser vistos na madrugada do próximo dia 31. Se as previsões se confirmarem, será um show nos céus.
Muitas pessoas ao ouvirem falar em chuva de meteoros acabam se sentindo ansiosas, afinal de contas, são corpos celestes caindo em direção a Terra. Bom, essa é uma descrição correta do que são as chuvas de meteoro, mas não tão realista quando poderia ser. Isso porque meteoros dificilmente oferecem risco a Terra porque, geralmente, não resistem até o impacto. Ou seja, antes de atingir o solo terrestre estes corpos celestes tendem a se destruir.
Provavelmente você já ouviu falar em estrela cadente, certo? Esse é o nome dado aquele “risco” brilhante que surge no céu e rapidamente desaparece. Todas as vezes que você ouve falar em estrela cadente, ou a vê no cé, na verdade se trata de um corpo entrando na atmosfera terrestre e sendo destruído antes de chegar no chão. A “ablação”, como é o termo técnico, se deve a reações químicas que acontecem quando o corpo celeste entra na atmosfera terrestre e entra em contato com o oxigênio. Esses corpos podem ser inteiramente destruídos ou parcialmente destruídos, quando alguns fragmentos menores conseguem chegar na Terra, mas geralmente de forma inofensiva.
Quem se interessou por acompanhar o fenômeno provavelmente esta buscando informações mais detalhadas sobre como fazer isso. Infelizmente, este fenômeno não poderá ser acompanhado em todo o país, mas apenas nas regiões norte e nordeste, devido a proximidade com o ponto em que os meteoros entrarão em contato com a Terra. As demais regiões (sul, sudeste e centro) provavelmente não terão uma boa visão do fenômeno. Para moradores de norte e nordeste, agora é hora de torcer por céu sem nuvens na madrugada do dia 31.