Ciências

Covid-19: ‘nova omicron’ pode ser mais difícil de rastrear

A pandemia da covid-19 esta entrando em seu terceiro ano, desde que foi declarada em março de 2020. De lá para ca, já se passaram muitas coisas e muitos momentos se destacaram. Foram mais de 5 milhões de vidas perdidas ao redor do mundo, um número que assusta e causa perplexidade. O que torna a covid-19 uma doença difícil de vencer é justamente seu poder de contaminar milhões de pessoas.

O vírus consegue sofrer mutações muito rapidamente, mais rápido do que sofreria em outras circunstâncias, e isso se deve ao grande número de pessoas contaminadas. Cada mutação sofrida pelo vírus, é um desafio aos anticorpos gerados pelo contágio anterior e também pelas vacinas. Outro desafio na guerra contra a pandemia é a resistência de muita gente em se vacinar – além da falta de acesso aos imunizantes que alguns países sofrem.

Atualmente, depois de gama e delta, a variante da covid-19 que mais tem causado preocupação é a chamada Omicron. Esta versão da covid-19 tem desafiado sistemas de saúde mundo afora, especialmente porque não é inteiramente combatida pelas vacinas disponíveis atualmente. O resultado disso é que o número de casos tem aumentado de novo, o que abre caminho para que a variante sofra novas mutações: e foi exatamente isso que aconteu.

O Reino Unido confirmou estar investigando uma possível sublinhagem da variante Omicron. O que isso significa, afinal de contas? Grosso modo, isso significa que a nova composição do vírus esta mais próxima da omicron do que da SARS-Cov-19 original. Por conta dessa descoberta, cientificamente a variante omicron original agora passa a ser referida como BA.1, enquanto sua sublinhagem passa a ser referida como BA.2. Para as autoridades em saúde, no entanto, essa nova mutação não chega ser uma surpresa. Vírus tem a natureza mutacional, mas isso não significa que a nova sublinhagem não reresenta um desafio.

Ainda é cedo para saber se a nova linhagem representa maiores riscos de casos sintomáticos, internações, morte ou resistência contra as vacinas. Os dados preliminares apontam que a BA.2 possui uma ação semelhante à BA.1. Os cientistas tem tentado descobrir se a nova linhagem é mais contagiosa, uma vez que tem representado um aumento de casos considerável em países como Dinamarca, Noruega, Suécia e no próprio Reino Unido.

Até o momento, a nova linhagem não foi identificada expressivamente em outros países. O combate a pandemia depende nos números da vacinação. Países mundo afora, inclusive o próprio Brasil, correm contra o tempo para vacinar mais e tentar frear o processo de mutação da covid-19.

Especialistas acreditam que a covid-19 vai se tornar uma doença com a qual a humanidade será obrigada a aprender a lidar. No entanto, para chegar nesse estágio, é preciso alcançar estabilidade no número de casos e mortes. As vacinas tem dado resultado em relação ao número de vítimas fatais, mas o vírus continua sendo capaz de contaminar milhões de pessoas em curto espaço de tempo. O controle do contágio é importante para frear as mutações e, dessa forma, “tomar controle” da pandemia em si.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]