A descoberta de fósseis de dinossauros é um dos alvos da paleontologia, que vem se desenvolvendo há anos e se apoia muito nos avanços tecnológicos. Nessa área, toda descoberta é tratada com muito cuidado e, geralmente, muito celebrada. Isso porque tratam-se de fósseis de milhões de anos que, graças a tecnologia atual, podem ser identificados e localizados com o mínimo de perda possível.
Mesmo depois de tantos anos, tantas descobertas e teorizações, o estudo dos dinossauros continua gerando tanta curiosidade e envolvimento porque se trata de um assunto fascinante. E, além de fascinante, é algo que segue rendendo coisas novas até hoje. Esse é justamente o caso em relação ao chamado “maior predador da Europa”. Um estudo publicado no último dia 9 revela detalhes sobre o fóssil descoberto.
A descoberta foi feita na Ilha de Wight, que pertence ao Reino Unido, e seria rica em fósseis de dinossauros. O dinossauro em questão foi um dos maiores de seu período, com cerca de 10 metros de comprimento. A cabeça, segundo pesquisadores, lembrava a cabeça de um crocodilo. O animal era carnívoro e tem a fama de ter sido o maior predador a existir na Europa, em toda a sua historia. Os pesquisadores acreditam que o dinossauro em questão viveu há cerca de 125 milhões de anos na Terra.
Mas ao contrário do que pode parecer, a descoberta não foi feita por uma equipe de pesquisadores. Na verdade, os primeiros fósseis foram encontrados por Nick Chase, um grande entusiasta da paleontologia. Em boa parte de sua vida adulta, Chase se dedicou a explorar praias da Ilha britânica em busca de sinais da existência dos dinossauros. A Ilha é conhecida por ter o solo rico em fósseis de dinossauros, o que significa que muitas descobertas são realizadas ali.
Os fósseis foram encaminhados à Universidade de Southampton, onde passaram por análise. Infelizmente, não foi possível recuperar toda a ossatura do animal, mas os ossos desenterrados foram suficientes para traçar o perfil e descobrir qual era o animal, um espinossauro bípede. O estudo foi publicado na revista Peer J. “Era um animal gigantesco, com mais de 10 metros de comprimento. Em vista de algumas de suas dimensões, provavelmente representa o maior predador já descoberto na Europa (…) “os números não mentem: é maior do que o maior espécime já encontrado na Europa”“, declarou o pesquisador Chris Baker, que liderou o estudo.
Antes deste, um predador havia sido descoberto em solo português, em 2017, e detinha o título de maior predador da Europa. No entanto, os novos fósseis apontam para a um animal ainda maior, mais imponente. Apesar da empolgação dos envolvidos no estudo, no entanto, especialistas lembram que é difícil comparar animais em tamanho desta forma. Por enquanto, o animal tem sido chamado de “‘espinossauro de White Rock”, mas esse ainda é um nome informal. Acontece que os ossos encontrados são poucos e pequenos, o que não permitiu ainda a determinação de que é uma nova espécie – muito embora os cientistas estejam confiantes de que este é mesmo um novo dinossauro.
