Uma amostra de esperma com aproximadamente 50 milhões de anos de idade foi descoberta na Antártica. Os pesquisadores que encontraram a amostra acreditam que ela seja de um animal muito antigo.
A descoberta foi feita por uma equipe do Museu Sueco de História Natural. Durante uma expedição na Ilha Seymour, na Antártica, o pesquisador Thomas Mors procurava sinais de pequenos ossos de mamíferos, quando descobriu um casulo fossilizado. O cientista percebeu que o frágil fóssil parecia ser um espermatozóide.
Através do processo de datação radiométrica foi determinado que o casulo e seu conteúdo tinham pelo menos 50 milhões de anos, caracterizando o esperma animal mais antigo já identificado até hoje.
Depois de comparar imagens de esperma, a equipe de pesquisa determinou que a amostra sobreviveu por tanto tempo graças à biologia de seu criador. O casulo tinha cerca de 2 milímetros e serviu como uma caixa de proteção para o espermatozóide.
O material biológico ficou preso ao longo das paredes do casulo. A desvantagem é que o esperma não estava completamente intacto. Ele foi quebrado em fragmentos, o que tornou difícil compreender sua anatomia.
A história evolutiva foi descrita num estudo publicado na revista Biology Letters. O fóssil do esperma pode ser uma pista para novas descobertas e também para incentivar futuros pesquisadores a procurar estruturas semelhantes.
Para o cientista Jakob Vinther, a descoberta é uma espécie de janela oculta para o passado. O estudo também pode ajudar a entender melhor a evolução dos invertebrados.
Os espermatozóides fossilizados são um achado raro da ciência. A região da Antártica onde o casulo foi encontrado é completamente livre de cobertura de gelo, sendo um local perfeito para a extração de fósseis.
Foto: Department of Palaeobiology, Swedish Museum of Natural History
Fonte: Washington Post.