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Esses são os fatores que decidem se você é ignorante ou inteligente

Se você convive com seus avós, ou qualquer idoso para ser honesto, é provável que já tenha ouvido algum sermão sobre como as coisas são fáceis hoje em dia. É possível ainda que esse sermão tenha sido acompanhado de uma descrição detalhada de como as coisas mudaram, como hoje em dia o jovem tem facilidades e, ainda assim, não as aproveita. Salvo as falsas informações, a verdade é que muitos dos nossos avós tem razão.

A diferença geracional é imensa e é quase como se existisse um abismo entre costumes, expectativas e convenções sociais. Se você nasceu até meados da década 90, por exemplo, é provável que tenha usado uma enciclopédia, um dicionário, uma lista amarela de telefonia, ficha de fliperama, internet discada, fita cassete, fita vhs, console de video game em fita, e uma outra incontável lista de objetos que hoje parecem ter saído de um filme da pré-história.

Essas são apenas algumas demonstrações de como as coisas mudaram. Um smartphone hoje é mais potente do que os computadores de mesa desse período, aqueles aparelhos enormes e lentos, usados como grande inovações na época. Tudo isso apenas para dizer que nossos avós tem um argumento válido. De fato, muita coisa mudou e muita coisa foi facilitada e, ainda assim, existe um grande número de pessoas que parece não estar disposta a aproveitar essas mudanças.

É claro que estamos falando sobre informação. Um mundo de informações esta a um celular de distância, e não é exagero. Idiomas, filmes de todos os lugares do mundo, música, história, teorias… São muitas as coisas que se pode encontrar e isso significa que você pode encontrar informações valiosas, se educar e ampliar sua visão de mundo.

Mas o que será que determina esse ponto? Quem são as pessoas que vão em busca de informação e quem são aquelas que, mesmo tendo acesso, optam por se manter ignorantes sobre determinados assuntos? Um novo estudo, publicado na revista Nature Communications, tem uma resposta. A partir de cinco experimentos, conduzidos com mais de 500 participantes, os pesquisadores descobriram que a maioria de nós se enquadra em uma das três categorias – são os pensadores, que decidem se querem aprender novas informações sobre um tópico com base no quanto já pensam sobre tópicos relacionados ; os utilitaristas, que decidem o que aprender com base no quão útil eles acham que as informações acabarão sendo; e os tateadores, que decidem com base em como acham que as novas informações os farão sentir.

Isso significa que a maioria de nós precisa de um motivo para se interessar por algum assunto e é esse motivo que determina todo o resto. Os “pensadores” são pessoas que, em poucas palavras, não estão inteiramente satisfeitos com aquilo que pensam que sabem sobre algum assunto – dessa forma, estão em busca de novas informações. Existem também aqueles que pesam o quanto a nova informação pode ser útil e as descartam facilmente, caso percebam que sua utilidade não será de grande relevância. Por fim, existem aqueles que são sensíveis a certas informações e sabem que se sentiriam desconfortáveis, por isso, diante da minima possibilidade descobrir algo que não gostariam, eles abrem mão da informação.

O grande problema por trás do terceiro grupo é que, em geral, essas pessoas abrem mão da informação e não de ter opinião sobre determinados assuntos. Assim, mesmo totalmente desinformados sobre algum tópico, ainda se sentem a vontade para reafirmar suas opiniões e não estão abertos a ouvir o contrário, ainda que fatos, porque se sentiriam desconfortáveis.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]