Na vida, a penas a matemática é exata. Talvez você já tenha ouvido uma frase desse tipo em algum momento na vida e se perguntado o que ela realmente significa. A ciência possui diversas ramificações em áreas de diferentes conhecimentos, certo? Embora seja o caminho mais objetivo para descobrir informações, ela também pode ser conflituosa em alguns casos – o que nos leva a piada de que apenas a matemática é exata. A matemática é exata porque, independente de quantas vezes, ou de quais formas, você efetuar um cálculo, o resultado sempre será o mesmo.
Em outras áreas do conhecimento, não é bem assim. Na área da saúde, por exemplo, para que algo seja reconhecido como “verdade absoluta”, são necessárias várias pesquisas e diferentes testagens. Por isso, muitas vezes, você acaba lendo artigos que vão afirmar coisas opostas. Essa situação se deve ao fato de que, nestes casos, tratam-se de assuntos ainda não pacificados; ou seja, que ainda não são consenso na comunidade científica.
Um bom exemplo de assuntos não pacificados é a maneira como a ciência enxerga o consumo de álcool. É claro que todo profissional da saúde concorda que o álcool é prejudicial para a saúde, mas nem sempre concordam sobre qual a quantidade para que esse prejuízo ocorra. Isto é, vão existir medicos que acreditam que um pouquinho não faz mal, outros vão recomendar nenhuma gota, e por aí vai. O que chama a atenção é que a maioria das teorias tem algum fundo científico, justamente porque a ciência ainda não chegou m um ponto pacífico.
Quem nunca ouviu, por exemplo, que uma taça de vinho por dia é bom para a saúde? Ou, ainda, uma latinha de cerveja? Por aí vai, cada teoria vai trazer uma nova descoberta sobre o corpo humano. E é exatamente isso que essa nova pesquisa faz, só que a notícia não é lá muito comemorada. As informações do estudo foram pulicadas no jornal Nature. O estudo apresenta a conclusão de que o consumo de alcool causa danos exponenciais.
“Então, uma bebida adicional em um dia pode ter mais impacto do que qualquer uma das bebidas anteriores naquele dia. Isso significa que reduzir a bebida final da noite pode ter um grande efeito em termos de envelhecimento cerebral”, declarou um dos autores do estudo, Remi Daviet.
Para o estudo, os pesquisadores usaram imagens computadorizadas de mais de 36 mil voluntários. As imagens comparavam o cérebro ao longo de um período. O que o grupo percebeu é que o consumo de álcool esta associado a diminuição cerebral. E, como explicado antes, o prejuízo é exponencial; ou seja, quanto mais você bebe, pior a consequência.
O grupo agora tem a intenção de continuar desenvolvendo essa pesquisa, mas já levantou alguns questionamentos, especialmente sobre os protocolos de “consumo seguro” de alcool. Isto é, cada governo, com seu equivalente do Ministério da Saúde, tem suas próprias orientações sobre o consumo de alcool e quando esse consumo deve ser considerado prejudicial. Segundo o estudo, essas guias devem ser atualizadas.