Ano após ano, a medicina faz descobertas e avança em muitos aspectos. Muitas doenças são neutralizadas e isso é sempre uma boa notícia. No entanto, alguns problemas continuam sendo grande mistério em muitos aspectos, como o caso do câncer. É certo que hoje se sabe mais do que há 10 anos atrás, mas ainda há muito para se descobrir.
O câncer é uma doença que ainda desafia a medicina em muitos aspectos. Embora hoje existam muitos tratamentos e, boa parte deles, gerar bons resultados, a balança continua mal equilibrada. Cirurgia, radioterapia, quimioterapia e outros meios de tratamento podem prolongar a vida do paciente, mas não garantem a cura total.
Por conta disso, cientistas de todo o mundo continuam estudando a doença; na expectativa de se tornarem capazes de chegar a uma cura. Hoje o melhor que um paciente com câncer consegue é a eliminação do tumor em questão, mas nada e nem ninguém pode garantir que ele não vá sofrer com o câncer em outra área do corpo.
É nesse sentido que pesquisadores tem se dedicado, em um estudo encabeçado pela dra. Diana Cittely. A pesquisa é focada em casos de câncer de mama que entram em metástase e sobem para o cérebro. Nesses casos, o prognóstico das pacientes é muito ruim. A maioria das pacientes morre cerca de um ano depois de receber o diagnóstico.
O que a dra. Cittely observou foi a atividade do receptor alfa 2 da interleucina 13 (IL13Ra2). Mas você talvez esteja se perguntando o que é isso. Bom, esta é uma proteína que geralmente se apresenta elevada em casos de câncer que metastatizam para outras áreas do corpo.
A descoberta e os novos caminhos
A pesquisadora observou que pacientes com quadros mais graves costumam ter mais IL13Ra2. Isto é, o estudo logo passou a focar na tese de que existe um a relação entre os dois fatores. A doutora então explicou melhor:
Descobrimos que os pacientes que expressam altos níveis de IL13Ra2 em suas metástases cerebrais têm pior sobrevida do que aqueles que expressam baixos níveis de IL13Ra2, mas não pudemos ver essa correlação ao examinar os tumores primários. Isso foi importante porque sugeriu que há adaptação das células cancerosas quando se espalham para o cérebro, e podemos eventualmente alvejá-las
Com essa descoberta, o estudo sugere que a proteína em questão é um ponto chave para a descoberta de novas formas de tratamento. Ainda segundo a pesquisa, entre 15% a 50% das mulheres com câncer de mama vão desenvolver metástase cerebral. Deste grupo, a maioria morre um ano após o diagnóstico.
O estudo então propõe que a proteína IL13Ra2 passe a ser usada como uma peça-chave do tratamento. Neste caso, a proposta é a de que esta proteína passe a ser alvo do tratamento. Apesar de ser uma descoberta muito promissora, o estudo ainda precisa de novas pesquisas.
De forma muito positiva, a pesquisa aumenta a esperança de que novos tratamentos sejam descobertos. Isto é, com novas pesquisas, a expectativa é a de que o prognóstico das pacientes se torne muito mais positivo.