As lideranças dos principais países do mundo estão mais do que cientes sobre os problemas ambientais que o planeta esta enfrentando – e o quanto tudo pode se tornar ainda pior daqui a poucas décadas. Com isso, as principais autoridades de clima e meio ambiente pressionam as lideranças por mudanças.
A verdade é que sem o planeta Terra, a humanidade não tem chances. Isso significa que, goste ou não, precisamos fazer alguma coisa. Cada país, nos últimos anos, tem se esforçado para impor mudanças em função da melhora do meio-ambiente. Alguns realmente se esforçam, outros fingem que se esforçam e existem ainda aqueles que não fazem nada, nem o mínimo.
A China, por sua vez, deu um passo importante. Se manter sua palavra, o presidente chinês, Xi Jinping, estará fazendo uma grande contribuição ao planeta. No entanto, esse é um assunto ainda muito delicado, inclusive para o próprio país. A China hoje usa carvão para gerar energia para grande parte da sua população. Então como o país poderia conseguir continuar se desenvolvendo se abrisse mão das usinas?
Xi Jinping fez a promessa durante a Assembleia Geral da ONU. Pelas palavras do presidente chinês, o país vai deixar de investir em Usinas de Carvão no exterior e passar a investir em modelos de energia sustentável. “A China reforçará seu apoio aos países em desenvolvimento para fomentar as energias verdes e baixas em carbono, e não construirá mais usinas elétricas movidas a carvão no exterior”, foram suas palavras. Atualmente, para se ter ideia, o país financia usinas em países como Vietnã, Zimbábue, Paquistão, Indonésia e outros.
O que a declaração realmente significa?
Com a declaração, a China tomou o mesmo caminho que outros países como Japão e Coréia, que também anunciaram uma mudança na política de investimento exterior. O que esses países pretendem, daqui para frente, é deixar de investir dinheiro público nessas usinas. Isso, no entanto, não significa diretamente que as Usinas serão fechadas.
A tendência, claro, é que essas usinas deixem de funcionar a médio e longo prazo, já que as decisões governamentais não afetam os investimentos privados. Desta forma, para que realmente aconteçam mudanças, será necessário que alternativas de fonte de energia realmente sejam apresentadas.
A China hoje é uma grande dependente do carvão, embora venha trabalhando para que essa dependência reduza. Se o próprio país não conseguir alternativas, como esperar que outros países menos desenvolvidos consigam? A situação se torna realmente dramática, e delicada, nesse cenário.
Outro ponto importante do discurso de Xi Jinping é que o presidente chinês não deu um prazo para que as mudanças sejam colocadas em prática. Enquanto Coreia e Japão pretendem parar de financiar as usinas até o fim do ano, a China pretende entrar na fila, mas sem data definida.
Em função desses aspectos, a promessa do presidente chinês ainda gera mais dúvidas e questões do que realmente uma comemoração. Embora seja grande a expectativa de novas fontes de energia, a verdade é que a tecnologia ainda é muito dependente de fontes energéticas realmente agressivas ao meio ambiente.