Um caso reportado nos Estados Unidos tem gerado debates sobre a importância de atendimento adequado e especializado a pessoas com transtornos mentais. Um homem, que sofria de doenças de ordem mental, passou dois meses com pênis preso na boca de uma garrafa pet. O homem precisou de dois meses para receber atendimento médico adequado.
O caso foi divulgado pelo International Journal of Surgery Case Reports, que trouxe detalhes. De acordo com o artigo, o homem tem 45 anos e sofre de um grave quadro de transtornos mentais. Além de um grave estado depressivo, com tentativas de suicídio, o homem também sofreu com complicações desse episódio.
O homem morava com familiares e, devido aos transtornos mentais, não comentou sobre o incidente com a família. Só depois de dois meses sofrendo é que o caso finalmente foi descoberto. Infelizmente, no entanto, pelo longo tempo que a situação permaneceu dessa forma, o caso acabou se tornando muito mais delicado do que teria sido caso ele tivesse sido socorrido logo que o incidente aconteceu.
Quando finalmente recebeu atenção médica, o homem já sofria com diversos edemas ao redor da região. Os edemas são causados pelo acúmulo de líquido, causado pelo chamado “estrangulamento peniano”. Esse problema, quando não resolvido a tempo, pode causar problemas muito graves.
O artigo relata que esse tipo de problema é bastante comum em pessoas com transtornos mentais porque incidentes acabam sendo omitidos por vergonha. A probabilidade é a de que este paciente tenha tentado conseguir prazer e acabou prendendo o pênis. Por vergonha, preferiu omitir o fato e não falar nada para ninguém. Com essa demora a procurar ajuda, o paciente arriscou a integridade do seu próprio pênis.
Meios seguros de alcançar prazer
A técnica de limitar a circulação sanguínea no pênis para prolongar o prazer sexual não é novidade e existem objetos específicos para esse fim. No entanto, muitas pessoas acabam tentando usar objetos aleatórios e acabam se colocando em risco. É impossível saber quantas pessoas já se machucaram tentando fazer isso, especialmente porque a maioria tem vergonha de procurar o hospital.
Se questões de saúde mental já são um tabu, questões de saúde masculina são ainda mais delicados. Muitos homens tem medo de procurar o médico para falar de assuntos que lidam com o corpo, por se sentirem constrangidos. A medicina, no entanto, orienta que esse deve ser considerado um medo que precisa ser superado.
Quanto maior for o tabu acerca de algo, pior se torna o combate ao problema. O mais indicado é o diálogo com pessoas de confiança para trocar experiências, pedir dicas e ajuda, quando necessário. Médicos não devem ser vistos como o inimigo e existe ética justamente para que casos assim não sejam motivo de exposição. O próprio artigo, que relata o caso, não traz nenhuma informação pessoal do paciente, o que descarta a chance de que ele possa ser identificado.
No geral, o caso serviu justamente para gerar o alerta sobre a importância de que certos assuntos deixem de ser tratados como tabu. No caso desse paciente, por exemplo, as coisas poderiam ter terminado mal.