Históricas

Múmias com língua de ouro são encontradas no Egito

Uma descoberta impressionante foi registrada em Alexandria, no Egito. Um grupo de arqueólogos investigava covas funerárias quando se depararam com a descoberta: múmias com línguas de ouro.

De acordo com estimativas dos cientistas, as múmias são do período 332 a.C. a 395 d.C. Ao que tudo indica, as línguas de ouro foram depositadas nos corpos depois da morte dos indivíduos.

As covas foram localizadas em Taposiris Magna, um sítio arqueológico que fica na Alexandria Ocidental. A arqueóloga  Kathleen Martinez, da Universidade de Santo Domingo, é quem lidera a expedição que é resultado de um esforço  egípcio-dominicano.

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Até o momento, a equipe conseguiu localizar 16 sepulturas no sítio arqueológico. De todas as múmias localizadas, é seguro dizer que já não havia praticamente nenhum resquício de “tecido mole”.

A descoberta das línguas de ouro foram relatadas por uma reportagem do New York Times, que relatou que duas dessas 16 múmias traziam o adereço. Trata-se de dois “amuletos” em formato de língua, forjados em folha de ouro branco.

Para os estudiosos, os amuletos provavelmente faziam parte de um ritual para garantir que os mortos conseguissem se comunicar em sua jornada a se juntar a Osíris, que era o deus da vida pós-morte cultuado por aquele povo.

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Essa não é a primeira vez que esse tipo de amuleto é encontrado, conforme relata Jennifer Houser Wegner, curadora de artefatos egípcios no museu da Filadélfia, Estados Unidos. A principal teoria é que os egípcios confiaram crenças ao ouro porque se trata de um metal que não enferrujava, não arranhava e nem envelhecia.

DUAS CULTURAS

Uma outra cultura envolvendo ouro e morte também é muito conhecida e durou séculos. Naquele período, os mortos eram enterrados com uma moeda de ouro na boca, já que os vivos acreditavam que precisavam para a Caronte pela travessia entre os mundos dos vivos e dos mortos.

Como relatado por historiadores e arqueólogos, a relação daquele povo com a morte era envolvida em fé e misticismo. Uma outra prática que parece ter sido comum era o uso de “máscaras funerárias”.

Os arqueólogos encontraram algumas dessas peças em sepulturas egípcias. Em uma recém descoberta, com boa condição de preservação, era possível observar um busto completo, com os seios femininos e uma coroa em formato de coroa de flores.

As descobertas trazem diversas informações sobre os povos daquela região durante aquele período. Uma dasC informações que chama a atenção é o avanço tecnológico que já existia.

Todos os artefatos encontrados, sejam os bustos, máscaras ou as línguas de ouro, eram forjadas naquele período, o que revela que já havia um grande domínio de técnicas.

VERDADEIRO OBJETIVO

É claro que todas as descobertas já documentadas até aqui são de relevância inestimável para o conhecimento histórico e avanço das ciências. No entanto, para Martinez, o objetivo da expedição é ainda mais profundo.

A arqueóloga se dedica há anos na busca pelo túmulo da Cleópatra. Acredita-se que Cleópatra tenha cometido suicídio e tenha sido enterrada justamente em  Taposiris Magna. Por isso, Martinez se dedica há mais de 14 anos na busca pelo local exato onde repousam os restos mortais da Rainha.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]