O sono noturno é o mais importante momento de descanso para o corpo humano. Isto é, ainda que uma pessoa consiga ter boas sonecas ao longo do dia, nada substitui uma boa noite de sono. É durante a noite que uma série de processos químicos acontecem no corpo, garantindo uma série de benefícios ao organismo. Não é à toa que especialistas chamam tanto a atenção para a importância de se buscar sempre ter uma noite de sono tranquila, ininterrupta e bem dormida.
Alguns fatores podem interferir na qualidade do sono e isso consequentemente cria problemas de forma geral. A falta de sono adequado produz prejuízos a saúde que podem ser sentidos de muitas formas. Quando uma pessoa não tem um bom sono noturno, o chamado “sono reparador”, acaba passando o dia com sintomas de cansaço, que podem incluir dores de cabeça, dores musculares, dores de estômago e diarreia, dentre outras coisas. Os efeitos também podem ser sentidos no aspecto cognitivo, como redução da agilidade e capacidade de foco, lentidão no raciocínio, e etc; por fim, a falta de sono também influencia na maneira como nos sentimos, podendo gerar irritabilidade, frustração, angústia, raiva, etc.
O que nem sempre as pessoas associam com um problema, mas que pode ser um sinal de que algo esta errado, são os famosos “belisquetes” da madrugada. Sabe quando acordamos no meio da noite sentindo muita fome? Em geral, essas situações terminam com “assaltos” a geladeira. Embora pareça algo totalmente inofensivo, especialistas alertam que essa prática pode ser um sinal de que algo esta errado com o organismo.
Para entender o porque disso, é preciso ter em mente que o período noturno é o único período em que o corpo esta naturalmente programado para um jejum mais longo. Em teoria, não deveríamos acordar de madrugada com disposição para comer grandes porções de alimento, especialmente lanches com grande valor calórico. Quando isso acontece, acaba sendo sinal de que existe algum desequilíbrio no meio do processo, que leva o organismo a “bagunçar” a maneira como interpreta os horários. “Nessas pessoas, o organismo entende que a hora de maior funcionamento seria à noite. Por causa disso, têm pouca fome de manhã e mais apetite à noite”, explica a especialista Dalva Poyares.
Esse tipo de prática pode levar o nome de síndrome do comer noturno e pode estar associada a alguns fatores. Pessoas que trabalham de madrugada, por exemplo, acabam sendo obrigadas a “driblar” o ciclo circadiano e, a longo prazo, o corpo pode se adaptar com a alimentação noturna, por exemplo. No entanto, existem outros motivos e alguns merecem receber atenção especial.
“É preciso investigar as causas da superficialidade do sono e os motivos que fazem o sono ficar fragmentado para tratar. Se não se encontrar nada, é sinal de sonambulismo, que é outro tratamento”, explica a especialista. O importante é identificar como essa prática pode estar afetando seu organismo, seu bem-estar, e colocar em prática ações que possam minimizar os danos. O sono noturno deve ser o mais saudável possível.