Ciências

Pesquisadores utilizam telefones celulares para combater surtos de doenças

Cientistas criaram uma ferramenta para monitorar epidemias. Saiba mais!

Todos nós vivemos grudados aos nossos telefones celulares diariamente. Agora, os pesquisadores pretendem utilizar essa ferramenta para monitorar e controlar surtos de doenças. O objetivo é empregar os smartphones que estão sempre em nossos bolsos para acompanhar o risco de epidemias.

Os epidemiologistas confiam em modelos de computadores para simular a propagação de doenças e determinar a melhor forma de intervir e rastrear os riscos aos seres humanos. Os pesquisadores dizem que os registros de celulares também podem contribuir nessa atividade, pois são capazes de fornecer melhores dados sobre os movimentos da população e, por sua vez, sobre os modelos epidêmicos.

Para provar que esta abordagem pode funcionar, os pesquisadores compilaram registros de telefones celulares a partir de 2013, gerados por 150.000 usuários no Senegal. O objetivo era rastrear os movimentos de população e acompanhar os acontecimentos de uma epidemia de cólera que assolou o país em 2005.

Os dados sobre como as pessoas se deslocavam ajudaram a conhecer melhor a propagação da doença. O método, chamado de modelo de gravidade, pode estimar quantas pessoas vão se mover entre duas cidades com base na população e na distância de cada uma delas.

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Os telefones celulares são quase onipresentes no Senegal, e quando os aparelhos realizam uma chamada ou enviam uma mensagem de texto, os provedores guardam os registros. Esses dados ajudaram os pesquisadores a acompanhar o movimento dos usuários de telefone celular à medida que se movimentavam. O estudo foi publicado nos Anais da Academia Nacional de Ciências.

A ferramenta de alta resolução empregada na pesquisa do Senegal apenas rastreou os movimentos da população, sem comprometer a privacidade individual. O modelo deve ser empregado futuramente para evitar ou controlar o deslocamento das pessoas para áreas de risco e reduzir a propagação de doenças e os casos de contaminação.

Via Discover Magazine.

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