Os seres humanos possuem a grande habilidade em demonstrar sentimentos. Todos estes se afloram a cada nova emoção, em mais ou menos intensidade, mas sempre fazem parte de todos os momentos de nossas vidas. Todos nós temos tendência a buscar mais as emoções, encontrar notícias e fatos que nos surpreendam de alguma maneira. Por meio do grande avanço das redes sociais, hoje temos acesso mais facilmente com todo o tipo de conteúdo, de maneira que possamos procurar e receber mais informação e estarmos por dentro de todas as notícias. Desta maneira, temos um contato mais direto com variados tipos de informação que nos causam as mais diferentes emoções.
Segundo o médico neurologista António Damásio, de Lisboa/Portugal, as emoções são dividias em dois grupos: as emoções primárias (medo, raiva, tristeza e alegria) que estão ligadas à sobrevivência e ao instinto humano, e as emoções secundárias (ciúme, inveja e vergonha) que são sentimentos sensoriais mais complexos que as emoções primárias. As emoções são um tipo de respostas fisiológicas e neurológicas, que proporcionam ao organismo os comportamentos para nossa sobrevivência.
Dentre todos os aspectos que fascinam os seres humanos, a violência é um dos que mais se destacam. Todos os dias, nós consumimos materiais com certo teor de violência neles contidos. Podemos perceber que os históricos de violência já são vindos desde o início da construção da humanidade, onde os humanos se confrontavam por comida ou pela disputa da fêmea, como também em histórias mitológicas ou dos mais diversos povos. Há algumas narrações Bíblicas que também relatam confrontos violentos, como Caim e Abel e Davi e Golias. As guerras e combates que chocaram o mundo inteiro no século passado, assim como os homicídios em massa que presenciamos diariamente. Consumimos, também, alguns tipos de violência mais atrativos, como os jogos de videogame, em livros, filmes, seriados e programas de televisão, rádio, jornais, esportes e muito mais. Tudo isso somados às notícias sobre violência sexual, doméstica, infantil, aos animais e muitos outros meios que chocam os expectadores constantemente.
Mas, afinal, por que a violência fascina tanto o ser humano?
Conforme relatado anteriormente, desde os mais antigos povos se reuniam para assistirem os gladiadores sangrando até a morte ou Jesus, que foi crucificado diante de muitas pessoas, como também dois lutadores que se enfrentam em uma luta de arte marcial (UFC, MMA, etc.) que resultam em muito sangue e hematomas em troca de um troféu. Há também, cotidianamente, alguns casos que despertam a atenção das pessoas, como acidentes entre automóveis ou tragédias Estes fatos sempre geraram grande furor nas pessoas, que buscam por este tipo de conteúdo com o mesmo fascínio pelo sexo.
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Cenas violentas nos torna violentos?
Este sentimento de prazer, tanto pela violência quanto pelo sexo, são intrínsecos do ser humano. Os desejos de poder, procriação e domínio já estão ligados a nós, de maneira que possamos criar uma atitude defensiva para as adversidades corriqueiras. O ser humano é um ser violento por natureza, assim como os animais, porém os seres humanos tem a habilidade de controlar as suas emoções e poder minimizá-las, se assim for o caso. O homem aprecia tanto a violência pois precisa compensar a falta da violência vivida por ele mesmo, de maneira que possa se satisfazer (de certa forma) com o conteúdo recebido e, assim, possa não gerar mais estes problemas.
Desta maneira, vivemos cercados em um universo que gera competições e que trazem este tipo de interferência negativa para nós desde muito pequenos, como quando ainda brincávamos de “polícia e ladrão”, ou então com espadas ou armas de brinquedos. A lei do mais forte e as heranças genéticas ou culturais faz com que os seres racionais e irracionais entrem em conflito em algum momento da vida, das mais diferentes formas, causando assim a grande aglomeração de público e adeptos.
Porém, os desejos de bondade e paz também fazem parte do comportamento humano, que podem ter o mesmo grau de importância do que os instintos mais violentos. Assim, os seres humanos podem também canalizar suas energias negativas em outros aspectos e se concentrar em buscar curas e soluções para todos os tipos de violência vividos diariamente.
“A violência fascina os seres moralmente mais fracos. Um tirano vence por seu gênio, mas seu sucessor será sempre um rematado canalha.” Albert Einstein.