Por questões de segurança, existe um número limite de passageiros por aeronave, definido de acordo com o porte do avião. Mas um recorde mundial chamou a atenção pelo grande número de passageiros transportados de uma só vez.
O avião Boeing 747 fez uma viagem com 1088 pessoas, o maior número de passageiros já transportados em um avião comercial. Durante a chamada Operação Salomão, que envolveu a evacuação de judeus etíopes de Adis Abeba, na Etiópia, a aeronave foi lotada com o maior número possível de passageiros. A missão foi iniciada em 24 de maio de 1991.
Este número incluiu dois bebês nascidos no voo. A operação para evacuar os judeus durou 36 horas. Os assentos foram removidos para acomodar mais passageiros.
Este foi um recorde surpreendente. Os judeus foram evacuados para Israel. Durante o voo, o avião levou mais do que o dobro da sua capacidade normal. Nunca tantas pessoas haviam voado em um avião comercial.
A aeronave chegou em segurança ao destino e aterrissou em Israel. Este foi apenas um dos voos usados para evacuar um total de 14.200 judeus para a terra prometida em um espaço de 24 horas.
A “Operação Salomão” foi planejada durante várias semanas com a assistência diplomática dos Estados Unidos. O ex-presidente Bush ajudou pessoalmente pedindo para que fosse concedida a permissão para realizar o transporte aéreo. A Agência Judaica para Israel e El Al, companhia aérea nacional israelense, também ajudaram a coordenar a operação.
A comunidade judaica remanescente na Etiópia foi muito perseguida por suas crenças. A última emigração em massa de judeus etíopes para Israel aconteceu justamente em 1991.
Israel já havia organizado uma transferência de 20.000 judeus etíopes para Israel em 1984 e outros 15.000 membros da comunidade foram transportados em 1991. O governo israelense anunciou que judeus de qualquer lugar do mundo têm direito à cidadania israelense.
A decisão do governo etíope de permitir que os judeus deixassem o país foi motivada principalmente por uma carta enviada pelo presidente George H. Bush. Um grupo de diplomatas americanos, liderado pelo senador Rudy Boschwitz, também trabalhou no caso.
Para a Operação Salomão, foram arrecadados 35 milhões de dólares junto à comunidade judaica. Antes dessa operação, o governo israelense já havia conduzido a Operação Moisés e a Operação Josué, que tinham o mesmo objetivo.
