Cotidiano

Urna eletrônica é segura? Entenda como a votação funciona nas urnas eletônicas do Brasil

Em todo período eleitoral, especialmente ao longo das últimas eleições, as urnas eletrônicas se tornam assunto em todo o país. Embora seja um dos modelos mais seguros e modernos de votação do mundo, as urnas eletrônicas brasileiras são questionadas e colocadas em cheque por setores da sociedade, imprensa e alguns políticos. Mas será que realmente a urna eletrônica é tão arriscada assim?

Nem todo mundo sabe, mas a urna eletrônica já faz parte do sistema eleitoral brasileiro há mais e 20 anos. Em 1996, o primeiro modelo foi usado pela primeira vez, em caráter de teste, em cinquenta cidades pelo mundo. Os bons resultados garantiram que a urna eletrônica passasse a ser adotada nas eleições seguintes, em todo o país. Uma informação sobre a urna que muita gente não se da conta é que o sistema operacional usado é próprio, desenvolvido pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral.

Relacionado a essa falta de informação, esta outra crença comum associada a urna eletrônica mas que, na verdade, não esta nem próximo dos fatos. Acontece que muita gente acredita que a urna tenha acesso à internet, mas não. A Urna Eletrônica, na verdade, não possui acesso à internet e nem sequer possui entrada para periféricos exposta. Segundo dados públicos do TSE, a urna possui duas portas USB, mas ambas são protegidas por um lacre e tampa parafusada.

Todo o sistema é feito para prevenir eventuais tentativas de fraude; por exemplo, o mesário possui um terminal que indica se o eleitor já terminou de registrar seus votos. Esse terminal não mostra em que o eleitor votou, mas mostra ao mesário se o voto já foi registrado. Se uma pessoa vota e tenta acessar a porta USB, será pego; se uma pessoa tentar invadir a urna antes de vota, será pego da mesma maneira. Muitas informações detalhadas estão disponíveis no site do TSE, que é o Tribunal Superior Eleitoral.

A Urna Eletrônica, por exemplo, é a prova de queda de energia. Você sabia disso? Embora funcione conectada à tomada, ela também possui uma autonomia longa para o caso de falta de energia ou, em muitos casos pelo Brasil, precise ser levada a áreas mais remotas para garantir o direito a cidadania de populações afastadas. Além disso, mesmo caso uma Urna apresente problemas, existe um plano para recuperar o registro de votos feito nela e transferir para outra urna.

O sistema de segurança da urna eletrônica é alvo de constantes testes e já passou por atualizações ao longo dessas mais de duas décadas. Uma forma da sociedade civil participar dos testes da urna é acompanhando a Cerimônia de Votação Paralela. O evento acontece nas vésperas das eleições, quando urnas são sorteadas e colocadas a prova. Além disso, o TSE também divulga o “boletim de urna”, coletado ao fim da eleição. Outro ponto importante em relação a segurança das urnas é que qualquer tentativa de viola-la resulta em seu bloqueio.

Ainda sobre a segurança das urnas, é válido lembrar que o site do TSE reúne várias informações sobre o dispositivo. Existem slides com toda a composição das urnas, explicando cada um dos detalhes, além de explicações detalhadas sobre o software que opera nas urnas. Essa facilidade de acesso as informações é um dos pontos que reforçam a segurança desse dispositivo, que garante eleições seguras no Brasil há mais de duas décadas.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]