Você já ouviu falar em distimia? Trata-se de uma doença popularmente conhecida como a doença do mau humor, mas que é, na realidade, um tipo de depressão crônica em que, normalmente, o paciente apresenta somente sintomas leves de depressão na maioria dos dias durante, pelo menos, dois anos. O indivíduo raramente saberá dizer o que o levou ao estado depressivo, e somente poderá ser diagnosticado com precisão por um psiquiatra, psicólogo ou psicanalista, de forma que, ainda que sejam identificados sinais a partir deste artigo, é necessário consultar um médico apto para o diagnóstico.
Assim como a depressão, a distimia tem cura, podendo esta ser alcançada a partir da terapia e do uso de medicamentos indicados por um psiquiatra. É difícil precisar, entretanto, qual o período de tratamento, já que pode variar, em média, de 1 a 4 anos. Além disso, é possível que haja novos quadros de distimia durante a vida, sendo novamente necessária a inserção de tratamento.
Os principais sintomas da distimia são o mau humor frequente, excesso de críticas para consigo e com os outros, angústia, ansiedade, inquietação, insatisfação, irritabilidade, falta de apetite ou apetite em excesso, falta de energia ou fadiga, sentimento de falta de esperança, isolamento social, além de outros sintomas que nem sempre são facilmente relacionados, como má digestão, dores musculares, dor de cabeça, má circulação, ou ainda um estado de não estar triste, porém não estar feliz também.
Leia também:
Angrofobia, o medo de ficar irritado
Não se conhece as causas da distimia, mas acredita-se que está diretamente relacionada com situações emocionais mal resolvidas da infância ou da adolescência, mas o quadro certamente pode ser agravado em decorrência do temperamento do paciente, ou ainda das situações estressantes vivenciadas por ele diariamente, que podem agravar o quadro levando-o a depressão.
O tratamento deve ser feito por meio de sessões de psicoterapia, ou ainda psicanálise, acompanhados de antidepressivos, sempre com orientação do médico psiquiatra. Estima-se que, no Brasil, existem entre 5 e 11 milhões de pessoas que podem se enquadrar em distimia, mas nem chegam a ter conhecimento disso, segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA).
É importante, para amigos e familiares, observar os sinais que os portadores de distimia emitem diariamente, além de fazer uso de estratégias que podem ajudar a afastar os sintomas de distimia, quando no início, como o controle de estresse e procura de tratamento ao primeiro sinal.