Ciências

Antes de morarmos em Marte, precisaremos vencer a radiação

Radiação de Marte pode causar danos ao DNA e até câncer.

Uma notícia tem preocupado a NASA – Agência Espacial norte-americana: uma viagem para Marte, nesse momento, seria uma viagem sem volta. Assim, como preparar missões para explorar o planeta vermelho?

O fato é que uma única missão a Marte poderia expor os astronautas a uma dose tão alta de radiação que isso aumentaria significativamente o risco dessas pessoas desenvolverem câncer. Estudos confirmaram que essa radiação seria equivalente a dois terços do limite seguro para a vida dos astronautas.

Diante dessa realidade, como fica o sonho de explorar e, quem sabe um dia, até viver no planeta vermelho? A radiação se tornou uma grande preocupação nos planos de exploração de Marte.

Ainda assim, a NASA pretende enviar uma tripulação para orbitar o planeta vermelho em meados da década de 2030. Para isso, estão sendo preparadas roupas especiais.

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Os engenheiros da NASA também estão testando sistemas de propulsão e pesquisando maneiras de reduzir a exposição à radiação. Entre as possibilidades está a ideia de que os astronautas usem uma espécie de escudo parecido com um casaco de inverno pesado, que proteja todo o corpo e evite o contato com a alta atividade solar.

O risco maior das missões a Marte estaria relacionado ao tempo de exposição à radiação. Essas missões ao planeta vermelho levariam vários anos para serem concluídas e, durante esse tempo, os astronautas teriam de enfrentar riscos para a saúde, como danos ao DNA e chances de câncer.

Diretrizes da Nasa dizem que os astronautas não devem ser expostos a mais de 1.000 millisieverts (mSv) de radiação durante a vida, índice que já está associado com um aumento de 5% no risco de desenvolver um câncer fatal. De acordo com o último estudo, baseado em dados do Radiation Assessment Detector de MSL (RAD), os astronautas em uma viagem de 360 ​​dias a Marte iriam receber uma dose de 662mSv em sua jornada: seria como passar por uma tomografia computadorizada de corpo inteiro uma vez a cada cinco ou seis dias.

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A conclusão disso é que os pesquisadores ainda terão que trabalhar muito para encontrar meios para que o homem possa chegar a Marte com segurança. Será que um dia existirão pessoas vivendo no planeta vermelho? Só o tempo e os avanços tecnológicos dirão.

Fontes: Guardian, Guardian debate

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