Cotidiano

Boas notícias! Estudo sugere que é possível erradicar a covid-19

Ao longo dos últimos meses, o mundo inteiro tem se deparado com a discussão sobre qual seria a melhor maneira de lidar com o vírus da covid-19. Afinal de contas, qual é a melhor abordagem? Por algum tempo, esse cenário foi ainda mais angustiante porque não havia sequer esperança, ou perspectiva, de que as coisas pudessem voltar ao normal.

Agora, com o avanço da vacinação, essa esperança e essa perspectiva já estão ali, no fim do túnel. Mas qual é a melhor ação? Como esperar pela vacina? Muitos governos tem mantido as políticas de restrições de lockdowns para conter o avanço da contaminação enquanto a população é vacinada. Mas muitos lugares também já esbarram na falta de cooperatividade da própria população – como na Austrália, por exemplo, onde grande parte da população é contrária aos decretos de lockdowns.

São diferentes formas de lidar com a situação, mas um único objetivo: a vacinação. O avanço das campanhas de vacinação mundo afora, inclusive, tem levantado muitos questionamentos. Afinal de contas, quanto tempo dura a imunização? Em quanto tempo teremos que tomar reforço? O quanto o vírus ainda pode evoluir? Quantas mutações arriscam a eficácia das vacinas? Será que algum dia, seremos totalmente livres da covid-19?

A resposta é sim, mas infelizmente um sim não tão fácil. A história e a ciência mostram que as vacinas são eficazes, o exemplo da varíola é um bom exemplo. Essa é uma doença que teve erradicação total do vírus, o que é uma evidência de que é sim possível. Mas não é tão fácil. Existem muitas variantes a serem levadas em consideração.

O que diz um novo estudo

É exatamente isso que explica um novo estudo, publicado no British Medical Journal Global Health. Em resumo, os cientistas constataram que sim, é possível erradicar a covid-19. O problema é que, para chegar a isso, seria preciso um esforço global, cooperativo e solidário – coisas que infelizmente não temos.

Com um método de pesquisa que os cientistas explicam no estudo, eles compararam o vírus COVID-19 à varíola e à poliomielite e descobriram que livrar-se da COVID para sempre seria mais difícil do que erradicar a varíola, mas mais fácil do que livrar-se da poliomielite. Em sua escala, a varíola obtém um valor médio de 2,7, enquanto o COVID-19 está em 1,6. A poliomielite está em 1,5.

Uma das maiores barreiras para que esse objetivo global seja alcançado é exatamente a falta de solidariedade com países “de terceiro mundo”. Muitas potências globais compraram doses de vacina que agora não tem em quem aplicar, por exemplo. Países como os EUA, por exemplo, estão “sentando” sobre lotes inteiros de vacina que não podem aplicar em seu território, mas não distribuem. O resultado? Um descompasso entre o avanço da vacinação entre potências e países pobres.

Mas essa é apenas uma das variantes que devem ser levadas em consideração. Atingir o fim da covid-19, de forma total, vai exigir uma mudança brusca na postura de muitos governos. A questão que interessa agora é: quantos estão dispostos a mudar a postura?

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]