Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins são atualmente as 27 unidades federativas brasileiras. Deste número, tratam-se de 26 estados e o Distrito Federal.
No entanto, existe um projeto em tramitação que pode aumentar esse número para 28. Se for aprovado, o estado de Tapajós seria criado, absorvendo parte do Pará, resultando em 23 municípios e cerca de 2 milhões de habitantes. Uma das principais argumentações de quem defende a ideia é que a região oeste do estado do Pará, principal área que se tornaria o novo estado, recebe poucos investimento. Nessa linha de argumentação, o Pará é entendido como um estado muito grande e de administração difícil, visto que além de tudo recebe poucos investimento federais.
O projeto da criação de um novo estado, na verdade, é antigo. Ainda na década de 90, já circulava a ideia de transformar o Pará em dois estados: Tapajós e Carajá. Na época, chegou a ser realizada uma consulta pública, mas o resultado foi negativo à ideia, com mais de 60% da população dizendo não a cada um dos projetos. Agora, no novo projeto, o estado de Carajá foi deixado de lado e apenas se propõe a criação do estado de Tapajós.
No projeto original, votado em 2011, Santarém era proposta como capital para o novo estado de Tapajós; enquanto isso, Marabá era proposta como capital para o novo estado de Carajá. Nessas cidades, houve expressivo voto positivo a ideia. No entanto, em outros municípios, como Belém, a população votou contrária ao projeto. Naquele modelo, o Pará seria desmembrado e passariam a haver os três estados.
O projeto atual é diferente. Para entender, vamos começar pelo nome. Tapajós é nome do principal rio que corta a região, além de ser de origem indígena e de forte valor cultural para a população local. Caso concretizada sua criação, Tapajós terá Santarém como capital, muito provavelmente. O novo estado absorveria cerca de 43,15% da extensão territorial que hoje pertence ao Pará. No entanto, apesar da larga extensão de terra, o novo estado teria apenas cerca de 15% da população total do Pará.
Do ponto de vista político, o estado teria 8 deputados federais e 24 estaduais. Já no ponto de vista econômico, Tapajós teria um Produto Interno Bruto de R$6,5 bilhões, o que representa 11% do PIB total do Pará hoje. Os municípios do estado do Tapajós, no projeto atual, seriam Uruará, Trairão, Terra Santa, Santarém, Rurópolis, Prainha, Placas, Oriximiná, Óbidos, Novos Progresso, Monte Alegre, Mojuí dos Campos, Medicilância, Juruti, Jacareacanga, Itaituba, Faro, Curuá, Brasil Novo, Belterra, Aveito, Almeirim e Alenquer.
O projeto voltou a tramitar no senado com alterações em seu texto. O projeto atual não fala no estado de Carajá e propõe apenas a criação do estado de Tapajós. De um lado, quem defende o projeto acredita que sua criação tornará a administração dos estados mais fácil; do outro, quem é contra, acredita que a ideia vai ter o efeito contrário, levando Pará e Tapajós à pobreza.