Talvez você já tenha ouvido falar nos “eSports”, uma modalidade totalmente nova e que vem ganhando cada vez mais espaço. Mas o que é isso? O “e” significa “eletrônico”, enquanto “sports” representa o “esporte”. Juntando as partes, eSports é o nome dado aos “esportes eletrônicos”, o que pode englobar uma série deles.
Quando os jogos eletrônicos começaram a se popularizar, era necessário ter um console em casa e a jogatina estava limitada a uma experiência individual. Com o avanço da tecnologia e o surgimento da internet, as coisas mudaram. Hoje é possível jogar com pessoas do outro lado do mundo, simultaneamente. Com isso, naturalmente surgiram campeonatos, torneios e eventos organizados com disputa de prêmios.
O avanço dessa modalidade fez com que o assunto deixasse de ser um simples hobby para se tornar um assunto sério. É claro que a maioria das pessoas continua jogando apenas por diversão, mas também existem aqueles interessados em se dedicar a uma carreira como eAtleta. Essa modalidade esta presente em jogos eletrônicos de esporte, como simuladores de futebol, por exemplo; mas também em jogos de aventura e tiro, como Fortnite e League of Legends.
Para ser um atleta eletrônico é preciso dedicação, foco, rotina e muito estudo, além de prática. Não basta simplesmente jogar, mas realmente estudar a prática. O carioca Guilherme Mannarino, de apenas 17 anos, é um bom exemplo disso. Terminando o ensino médio, ele começou a pensar no que fazer depois da escola e decidiu que queria fazer faculdade. No Brasil, seus interesses eram Universidade Católica do Rio (PUC-Rio) ou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mas seu destino acabou sendo outro.
Aplicação para Universidades de fora do país
Embora quisesse estudar na PUC ou UFRJ, o garoto quis saber o que tinha de opções além disso e descobriu que poderia aplicar para vagas em Universidades do exterior usando seu histórico como atleta eletrônico. Guilherme conseguiu aprovação em 32 Universidades, sendo que três delas ofereceram bolsas integrais (isto significa que todos os custos de ensino estariam bancados). Guilherme acabou escolhendo a Universidade da Flórida Central, onde vai estudar Engenharia da Computação.
O que chama a atenção na história toda é que o garoto conseguiu essa oportunidade porque é um bom jogador de Fortnite – prática que ele leva muito a sério. Ao G1, Guilherme compartilhou um pouco de sua rotina, que consiste em três horas de estudo dos conteúdos acadêmicos; depois disso, o garoto passa 5 horas jogando Fortnite.
Guilherme também destacou a prática de exercícios físicos (já que o jogo obriga a permanecer numa única posição por muitas horas), além de cuidar da saúde mental e procurar manter uma alimentação saudável. Guilherme ainda encontra tempo para re-assistir os jogos e estudar seus erros, além de procurar ter tempo também para estudar inglês.
A rotina do garoto é realmente a rotina de um atleta, já que Guilherme precisa encontrar tempo para se manter com alto rendimento. Seu sucesso, no entanto, ainda deixa muita gente sem entender como “jogar video game” se tornou um assunto tão sério.