Cotidiano

Como um vírus ‘morto’ esta voltando a ameaçar a humanidade

Você provavelmente já ouviu a expressão “erradicar” em algum momento da vida. Essa é uma expressão usada, geralmente na ciência, para definir quando um determinado microorganismo é totalmente neutralizado, ao ponto de sua existência ser colocada em cheque – não porque ele deixou de existir necessariamente, mas porque deixou de ser uma ameaça. Esse já foi o caso de muitos vírus, como é o caso do vírus da poliomielite, por exemplo.

A doença já chegou a ser considerada erradicada em vários países, graças ao sucesso da vacinação. No entanto, mostrando que o vírus nunca foi totalmente dizimado, essa doença voltou a ser motivo de preocupação em algumas regiões do Globo. O que chama a atenção nesse estágio de alerta é que a doença se tornou uma preocupação em países considerados de primeiro mundo, como Estados Unidos e Reino Unido. Em ambos os países, o vírus já foi identificado; em Nova York, e nos condados de Rockland e Orange County, nos EUA; e em Londres, no RU.

Em Londres, as autoridades já confirmaram que o vírus foi encontrado na rede de esgoto em regiões onde é observado os baixos índices de vacinação contra a doença. Isto é, embora ainda não tenha sido confirmado, existe a forte suspeita de que a falta de vacinação possa estar permitindo que o vírus volte a circular. Em Nova York, o sinal de alerta foi emitido também depois que o vírus foi observado em redes de esgoto.

O problema já tem sido tão preocupante em ambos os países que as prefeituras, tanto de Nova York quanto de Londres, estão planejando uma nova rodada de vacinação. A proposta é uma medida preventiva, mas que demostra também a maneira como os movimentos antivacina tem causado prejuízos. O problema é tão dramático que autoridades fazem questão de demostrar o quanto esse é um problema que poderia ser integralmente evitado.

A descoberta do vírus ainda não tem uma relação direta com o aumento do número de casos, mas as autoridades de ambos os países acreditam que seja apenas uma questão de tempo. As autoridades acreditam estar vivendo um período de subnotificação que pode explodir em uma alta de casos muito em breve. Não à toa, a proposta de lançar uma nova campanha de vacinação tem sido vista como uma medida de prevenção a ser tomada com urgência.

A poliomielite, também conhecida como “paralisia infantil”, é uma doença que faz disparar as taxas de mortalidade infantil simplesmente por ser de difícil controle, especialmente décadas atrás. Muitos dos pacientes que sobreviviam acabavam desenvolvendo graves quadros de paralisia, o que era ainda mais cruel na época. Os números apontam que mais de 21 mil pessoas sofreram com sequelas, com paralisias tanto leve quanto mais severas; além disso, cerca de 3 mil pessoas morreram. Depois da contaminação, uma porcentagem menor dos pacientes desenvolviam o quadro grave da doença. Cerca de menos de uma pessoa, em cada 100 contaminados, viriam a desenvolver parestesia (sensação de formigamento nas pernas), meningite (infecção do revestimento da medula espinhal e/ou cérebro) e paralisia

Sobre o Autor

Roberta M.

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