A tumba do faraó Tutancâmon foi descoberta em 1922. Segundo os rumores, as pessoas que encontraram o túmulo do rei foram condenadas por uma maldição. A equipe de escavação inteira estaria sob uma praga antiga.
O jovem faraó Tutancâmon, também conhecido como rei Tut, subiu ao trono ainda na infância e morreu perto dos 18 anos de idade. Ele governou o Egito por apenas uma década, de 1332 a 1322 a.C. Sua morte marcou o início do fim da 18ª dinastia do Egito.
A tumba com os restos mortais de Tutancâmon foi descoberta intacta após 3.000 anos. Os arqueólogos ficaram chocados com a descoberta, principalmente porque acreditavam que todas as câmaras funerárias reais do Vale do Rei já tivessem sido localizadas.
A expedição que encontrou a tumba do rei Tut foi liderada pelo arqueólogo Howard Carter. George Edward Stanhope Molyneux Herbert, quinto conde de Carnarvon, um aristocrata britânico e egiptólogo amador, ajudou a financiar a busca.
Howard Carter abrindo o sarcófago do rei Tut (Tutancâmon) – Crédito da foto: Wikimedia
Howard Carter – Tumba do rei Tutancâmon – Crédito da foto: Wikimedia/Harry Burton
A Maldição dos Faraós
A expedição encontrou um tesouro intocado dentro da tumba do rei, avaliado em vários bilhões de dólares. A descoberta foi noticiada mundialmente e logo começaram a surgir os primeiros boatos sobre a chamada “maldição dos faraós”. Os rumores davam conta de que a descoberta da tumba traria má sorte para os pesquisadores envolvidos.
A morte repentina de lorde Carnarvon colocou ainda mais combustível nos rumores de que algo sobrenatural havia sido liberado de dentro da tumba. Carnarvon foi mordido na bochecha por um mosquito enquanto fazia a barba. A picada foi infectada e Carnarvon morreu de envenenamento em um hotel do Cairo, aos 56 anos. Curiosamente, sua cadela Susie morreu na mesma noite em sua casa na Inglaterra.
Lorde Carnarvon – Crédito da foto: Wikimedia/Harry Burton
Outras vítimas da “maldição” incluíram um radiologista, que supostamente radiografou a múmia e morreu de uma doença misteriosa; o rico norte-americano George Jay Gould I, que morreu de pneumonia depois de visitar o túmulo; e um membro da equipe de escavação, que teria morrido de envenenamento por arsênico.
George Jay Gould e sua família – Crédito da foto: Wikimedia
Embora Carnarvon tenha morrido logo após a tumba ser aberta, Carter viveu mais 16 anos. Das 58 pessoas presentes na abertura do sarcófago de Tut, apenas oito indivíduos morreram nos 12 anos seguintes à descoberta.
Teorias mais recentes sugerem que, como as múmias antigas podem carregar alguns tipos perigosos de fungos, alguns membros da equipe de escavação que já apresentavam um sistema imunológico comprometido e que ficaram responsáveis pela manipulação dos restos mortais do faraó poderiam ter se adoentado.
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