A história do movimento LGBT começou nos Estados Unidos, em Greenwich Village, em Nova York, no Bar Stonewall, em 28 de junho de 1969, quando uma grande confusão ocorreu, envolvendo a polícia e as pessoas que representavam os oprimidos por questão de gênero, como drag queens, travestis, gays e lésbicas.
O episódio foi apelidado de “Batalha de Stonewall” ou Stonewall Riot. Foram cerca de 6 dias de combates, o estopim de uma pressão que as minorias sofriam com frequência, com humilhações e explorações, parte delas promovidas pelas próprias autoridades.
Por causa dessa batalha, o Dia Internacional do Orgulho LGBT é celebrado em 28 de junho, sendo que Stonewall Riot é considerado o ponto de partida do movimento LGBT. Se você quiser conhecer melhor este caso, a recomendação é assistir ao filme chamado “Stonewall: Onde o Orgulho Começou”, lançado em 2015.
O início da história do movimento LGBT
A partir da batalha, a história do movimento LGBT começou a ser escrita com base na organização em busca dos direitos gays, uma das exigências do Gay Rights Movement. Com este episódio, duas organizações foram criadas, com o objetivo de nortear as ações e favorecer o movimento:
- Gay Liberation Front (GLF)
- Gay Activists Alliance (GAA).
As manifestações LGBT começaram a ganhar outro caráter a partir de então, com um sentido militante, com mais engajamento de pessoas e, principalmente, com a organização das ações.
As manifestações LGBT também incluíram a luta cultural travada pelo The Journal of the American Society for Equality in Dress, chamado de “Transvetia”, uma publicação lançada nos anos 1950, no intuito de dar voz ao movimento.
História das manifestações LGBT no Brasil
No Brasil, as manifestações LGBT ganharam força no regime militar. Dois periódicos temáticos foram lançados no período. São eles:
- Lampião da Esquina, um conhecido jornal homossexual;
- ChanacomChana, uma publicação lésbica.
A publicação ChanacomChana era difícil de ser comercializada e ativistas LGBT encabeçaram um movimento chamado de Stonewall Brasileiro, no dia 19 de agosto de 1983. No Estado de São Paulo, essa é a data do Orgulho Lésbico.
Nos anos 1980, houve um crescimento imenso do público LGBT no Brasil e, infelizmente, também ocorreu um surto do vírus HIV entre essa população.
Quais são as siglas LGBT e de outras minorias?
- L – Lésbicas
- G – Gays
- B – Bissexuais
- T – Travestis, Transexuais e Transgêneros
- P – Pansexuais
- Q – Queer
- I – Intersex
- A – Assexuais
Os grupos, agora organizados, lutam contra a cura gay, para criminalizar a homo-lesbo-bi-transfobia, para poderem adotar filhos, pelo casamento civil igualitário, pelo fim da discriminação, entre outras pautas.
Diversas cidades, em muitos países, realizam a parada LGBT anualmente. Os maiores eventos acontecem no Brasil, EUA, Itália, Grécia, Romênia, Ucrânia e Chile.
Homofobia no Brasil
De 1963 a 2018, 8.027 homossexuais foram mortos no Brasil. Estima-se que, de 2011 a 2018, uma pessoa foi assassinada a cada 16 horas no país por causa de homofobia, totalizando neste período 4.422 vítimas. Os dados são do Ministério dos Direitos Humanos e de ONGs como o Grupo Gay da Bahia e o Transgender Europe.
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