A Segunda Guerra Mundial é um marco histórico e qualquer pessoa, provavelmente, já ouviu falar sobre ela. Assim como a Primeira Guerra Mundial, a Segunda marcou um período de tensões e conflitos que ameaçaram à toda humanidade.
Estudar sobre os fatos históricos com acesso aos livros, por exemplo, nem de longe consegue dar uma dimensão real do que foi a disputa. Alguns países, que sofreram diretamente com a Guerra, conseguem transmitir esse período com mais tangibilidade.
Este é o caso da Alemanha, por exemplo, que até hoje traz marcas dessa Guerra. Quem visita Berlim, por exemplo, ainda consegue ver o Muro de Berlim, ainda consegue ver o CheckPoint Charlie, enfim. O país ainda respira ares que pesam pela Guerra.
Historiadores de todo o mundo continuam um esforço incansável para contar esse período da forma mais sensível pro isso. Em parte devido a esses esforços, uma descoberta foi feita e acabou quebrando recordes.
USS Johnston (DD-557)
Quem já tentou estudar um pouco sobre a Segunda Guerra Mundial provavelmente já se deparou com a história desse navio. O contratorpedeiro naufragou em 1944, em território filipino, e marcou uma das maiores tragédias em alto-mar. Apenas 141 pessoas conseguiram se salvar, de um total de 327.
O navio estava documentado e sua falta foi sentida, assim como os sobreviventes também contaram a história. No entanto, por muitos anos, não se tinha a menor ideia de qual era seu paradeiro.
A descoberta do navio foi feita por uma empresa de capital privado, chamada Caladan Oceanic. A localização do navio foi exposta por uma embarcação chamada DSV Limiting Factor, que possui tecnologia voltada para isso.
O USS Johnston acabou se tornando o navio mais profundo a ser localizado. Os pesquisadores conseguiram localiza-lo a uma profundidade impressionante de 6.456. O navio tem boa parte de seus 115 metros de comprimento ainda em bom estado de conservação.
O navio imenso foi abatido durante a Batalha do Golfo de Leyte, que segue sendo creditada como a maior, senão uma das, disputadas náuticas de toda a história. Esse foi o último grande embate do Japão Oriental em alto mar, mas que acabou sendo derrotado pelos aliados. A história aponta que centenas de milhares de militares participaram.
O USS Johnston não era projetado como uma máquina de confronto, mas era estratégico. Naquela ocasião o navio seguia em direção a Ilha Samar, nas Filipinas, onde tinha a missão de resgatar e realizar a escolta do Gambier Bay, que era um porta-aviões.
Apesar da inevitável e inegável ação do tempo e da corrosão do mar, o estado de conservação do navio impressiona muito. Imagens feitas mostram que muitas das partes do navio parecem intactas, como as próprias armas.
Uma das coisas que mais impressiona também é pensar que 186 pessoas afundaram junto com o navio. Dentro da embarcação, não se sabe quantos corpos ainda permanecem. O local é tratado como sagrado justamente por ser o túmulo de muitos militares.
O navio vem sendo explorado, de forma muito respeitosa, com o uso de câmeras de última geração que permitem a captura de imagens de tirar o folego.