Se em algum momento você já pesquisou sobre casos históricos de crianças desaparecidas, provavelmente já se deparou com o nome Brittany Renee Williams. A menina desapareceu, no ano 2000, aos 7 anos. O caso foi investigado de forma exaustiva pelos policiais na época, mas depois de alguns anos, as autoridades apenas assumiram que Brittany estivesse morta.
A menina era criada em um lar para crianças em situação de vulnerabilidade. Kim Parker era a responsável pelo local, chamado “Rainbow Kids” e loco ficou na mira da polícia. Ela foi acusada de se apropriar do dinheiro público, que era repassado a ela para custear os gastos com as crianças. Em dado momento, Parker chegou a abrigar 50 crianças e recebia dinheiro do governo por cada uma delas.
Brittany foi declarada desaparecida após dias sem aparecer na escola. Foi quando a polícia foi acionada e Parker foi interrogada. Ela afirmou ter entregue a menina para um casal de mulheres, mas elas negaram. O caso se arrastou por anos e Parker chegou a ser condenada, cumprindo oito anos de prisão, mas o paradeiro de Brittany nunca foi encontrado.
É provável que mais ninguém esperasse que essa história fosse sofrer uma reviravolta. Rose, a mãe da menina, havia falecido. Uma meio-irmã, chamada Anastasia McElroy, é a única parente viva e conhecida da menina Brittany. Ela foi a principal surpresa pela história de Kaylynn Stevenson.
Stevenson foi adotada ainda criança e acredita ser Brittany. A história começou quando, há alguns meses, Kaylynn pesquisou o nome Williams na internet. Ela não se lembra de muito da infância, mas tinha a memória do nome. Após pesquisar por “crianças desaparecidas Williams”, se deparou com a foto de Brittany. Quando mais pesquisava a história da menina, mais ela se convencia de que era Brittany.
Procurada por uma equipe da NBC, uma das maiores emissoras dos Estados Unidos, ela contou sua história. A reportagem conseguiu entrar em contato com Anastasia, que se interessou por conhecer Kaylynn. As duas decidiram fazer um teste de DNA e o resultado apontou uma probabilidade de mais de 90% de relação sanguínea. Isto é, de acordo com o teste, Kaylynn é mesmo Brittany. As duas estão tão convencidas que a mulher decidiu não mais atender pelo nome de Kaylynn e reclamar a identidade de Brittany.
Para as autoridades, ainda faltam detalhes da história a serem solucionados. Stevenson espera o resultado dos testes feitos pela polícia e FBI para dar entrada com as ações de reconhecimento da identidade. As autoridades, por sua vez, afirmam que o caso ainda esta sendo investigado.
Uma das grandes questões acerca da identidade de Stevenson é que Brittany tinha era portadora do vírus HVI, de acordo com os documentos. Stevenson, por sua vez, não é portadora do vírus HIV. Uma das teorias para isso, que explicam como Stevenson pode ser Brittany, é um falso diagnóstico positivo na infância. É possível que Brittany tenha sido tratada como uma criança soropositiva apenas porque sua mãe era soropositiva, mas sem uma investigação aprofundada sobre esse diagnóstico de forma individual.