Não é de hoje que se fala na importância de se proteger na hora de fazer sexo, certo? A verdade é que não existem muitas formas de alcançar esse objetivo, além do uso de preservativos. Quando se fala em sexo seguro, estamos falando em preservação contra ISTs, que podem ser muito graves. Os preservativos existem desde 1901, para se ter ideia, mas apenas 3 décadas depois é que se popularizaram, em formatos mais modernos e com o uso de látex.
Embora tenha sido uma criação inovadora, os preservativos, popularmente conhecidos no Brasil como “camisinhas”, nem sempre foram tão acessíveis ou populares. Na realidade, até hoje ainda existem muitas críticas em relação ao produto. Uma das críticas mais fortes é que o preservativo atende mais ao público masculino do que o feminino, de maneira geral. Isto é, não existem preservativos femininos sendo comercializados de forma tão simples e acessível quanto os masculinos.
O problema é que a liberdade sexual, bem como o direito de proteção na prática, deveria ser uma escolha de ambos. Nesse sentido, as críticas acabam ganhando eco porque o uso do preservativo acaba recaindo, em muitos casos, apenas na decisão do homem – que pode inclusive retirar durante a relação sem consentimento da parceira, o que é crime em alguns lugares.
Pensando nisso, um ginecologista criou um preservativo unissex. O produto pode ser usado tanto por homens, quanto por mulheres. A apresentação acabou chamando muito a atenção, mas provavelmente vai demorar a chegar nas lojas brasileiras, já que se trata de uma profissional malaio. Ainda assim, é uma invenção e tanto!
O preservativo tem algumas diferenças em relação ao mais popularmente vendido em farmácias. Em primeiro lugar, ele não é feito de látex, sim de poliuretano – dessa forma, é seguro para pessoas alérgicas a latex e também não possui cheiro ou gosto de borracha. Além disso, o produto é um dos mais finos existentes atualmente, tendo apenas 3 0,03 milímetro de espessura, dessa forma os desenvolvedores evitaram a perda de sensibilidade.
Para mulheres, o produto funciona da seguinte forma: uma parte é inserida no canal vaginal, onde ocorre a penetração. A parte plástica que fica para fora possui um adesivo, que adere na vulva e evita que o preservativo saia em função do movimento. Da mesma forma, ele serve para evitar o contato de pele na região íntima.
O preservativo unissex passou por uma série de pequenos ensaios clínicos que mostraram que tanto homens quanto mulheres descobriram que seu desempenho era semelhante ou melhor do que os preservativos tradicionais, observando que ele quebrou, escorregou ou falhou significativamente menos. Os estudos também mostraram que a maioria dos homens e mulheres tem preferência pelo uso do preservativo unissex ao invés do feminino.
O projeto é bastante pretensioso e tem a expectativa de que o preservativo passe a ser comercializado fora da Malásia. No entanto, isso depende da avaliação de agências reguladoras e liberação. Nas avaliações do produto, embora muitas pessoas tenham demostrado empolgação com a ideia; outras também listaram os possíveis pontos negativos do uso do preservativo. Seja como for, trata-se de mais uma opção que estaria disponível.