Sabe quando você esta assistindo um programa de culinária e o apresentador comenta que é uma “pena” o público não poder sentir o cheiro? Com esse tipo de comentário, os apresentadores implicam que a receita cheira muito bem e que seria incrível se o público pudesse sentir o cheiro daquilo que esta sendo preparado. É algo que, sem dúvida nenhuma, gera uma certa curiosidade. Já imaginou poder sentir os cheiros e sabores da televisão?
Esse tipo de coisa parecia simplesmente fora de realidade, algo impossível. No entanto… Com o avanço da tecnologia, essa ideia já não parece mais tão impossível assim. Na realidade, um professor japonês garante ter inventado uma tela em que você pode sentir gostos de forma simples, mas também meio anti-higiênica: lambendo.
Ainda não é a solução para o desejo de sentir “cheiros”, mas já permitira a prova de sabores. Imagine uma propaganda de algum doce. A propaganda é linda, tudo parece perfeito e, para ter certeza, você tem a opção de lamber a tela e sentir o sabor rapidamente? O terror da OMS pode estar mais perto de se tornar realidade do que você imagina. O projeto ganhou o nome de TTV (Taste the TV, ou “prove a televisão”, em português) e possui um mecanismo bastante elaborado, mas que promete entregar o resultado.
O projeto foi desenvolvido pelo professor Homei Miyashita, da Universidade Meiji, e chegaria ao mercado por cerca de R$5 mil. Miyashita acredita que essa seria uma revolução na maneira como interagimos com a comida virtualmente, permitindo novas experiências em relação ao consumo e publicidade de alimentos.
📺 ‘Taste the TV’: A Japanese professor has developed a prototype lickable TV screen that can imitate food flavors https://t.co/JWVhiU94z1 pic.twitter.com/ZgxmfTf1Xn
— Reuters (@Reuters) December 23, 2021
“O objetivo é possibilitar que as pessoas tenham a experiência de algo como comer em um restaurante do outro lado do mundo, mesmo estando em casa“, explicou Miyashita à Reuters. Um protótipo do projeto já foi criado, mas o projeto final ainda esta um pouco mais distante de ser colocado a venda. É natural que, depois de ser totalmente provado e estabilizado, o projeto ainda esbarre em algumas dificuldades comerciais.
O protótipo já gerou muitas mentes curiosas empolgadas com a ideia, mas existem alguns empecilhos práticos ao projeto. Em primeiro lugar, uma tela que você pode lamber para “provar” não é exatamente higiênico. Além disso, é preciso vender essa ideia ao consumidor final e talvez nem todo mundo se interesse. Ao mesmo tempo, o preço é sem dúvidas uma coisa que também pode criar dificuldades.
Miyashita calcula que o projeto fique avaliado em R$5 mil comerciais. Se esse for de fato o valor final, isso pode significar que estes aparelhos serão produzidos para um público muito seleto. Aparelhos de ponta hoje no mercado já chegam a custar mais de R$10 mil, imagine esse valor somado ao custo da tela – que certamente também será repassado ao consumidor final. A maioria dos consumidores não teria acesso. Ainda assim, o projeto tem chamado atenção e gerado a curiosidade e interesse, resta saber quantos investidores vão se interessar por viabilizar o projeto e quanto tempo vai demorar para ele chegar ao mercado.
