Numa noite de verão de 1942 o Professor Lawrence Leshan se encontrava parado na escuridão de uma cabana em um acampamento no norte do estado de Nova Iorque. À sua frente um grupo de garotos dormia. Leshan começou então a repetir em voz alta “Minhas unhas são terrivelmente amargas. Minhas unhas são terrivelmente amargas”.
Hoje esse tipo de comportamento poderia colocar alguém em um hospício ou na prisão, mas Leshan não era louco nem criminoso. Ele estava conduzindo um experimento de aprendizado durante o sono. Todos os garotos haviam sido diagnosticados como roedores de unha crônicos, e Leshan queria descobrir se a exposição noturna à sugestão negativa sobre roer unhas poderia livrá-los do hábito.
Inicialmente o pesquisador usou um fonógrafo para transmitir a mensagem. O aparelho repetia a mensagem 300 vezes por noite enquanto os garotos dormiam. Mas cinco semanas após o início do experimento o fonógrafo quebrou. Leshan improvisou ficando parado no escuro e recitando a mensagem ele mesmo.
Ao fim do verão Leshan examinou as unhas dos garotos e concluiu que 40% deles haviam parado com o hábito. O efeito de sugestão durante o sono parecia ser real.
A conclusão foi posteriormente contestada, entretanto. Em 1956, em um experimento na Faculdade de Santa Monica, William Emmons e Charles Simon utilizaram um eletro encefalograma para se certificarem que os voluntários estavam realmente dormindo antes de enviar a mensagem. Os efeitos da sugestão desapareceram.