As Mudanças climáticas podem ser pior para os pulmões de alguns europeus do que outros, de acordo com pesquisadores que participaram do Congresso Anual da Sociedade Respiratória Europeia. Eles previram aumentos de ozônio na atmosfera interferindo no número de mortes entre 10 e 14 por cento em países como a Bélgica, França, Espanha e Portugal ao longo dos próximos 50 anos.
Enquanto isso, os países nórdicos e bálticos devem ter uma queda nas mortes por tal motivo.
O ozônio é um gás de duas faces. Na alta estratosfera, ele forma uma camada protetora que bloqueia a radiação ultravioleta, que é potencialmente prejudicial à vida, mantendo-a longe de atingir a superfície do planeta. Isto acontece em cerca de 12,4 milhas (20 quilômetros) acima da superfície da Terra. Mais perto da superfície do planeta, o ozônio é um poluente que pode atuar como um gás de efeito estufa, aprisionando a energia e provocando o aquecimento do planeta.
Respirar ozônio pode causar problemas de saúde, incluindo dor no peito, tosse, irritação da garganta e congestão. Pode agravar condições como a bronquite, enfisema e asma, bem como reduzir a função pulmonar e inflamar os pulmões.
Pesquisadores liderados por Bertil Forsberg, da Universidade Umea da Suécia, fizeram projeções de que o ozônio está relacionado com a morte. Eles usaram dois cenários de emissões – uma para o crescimento elevado, e outro para o moderado – e dois modelos climáticos futuros para simular como os níveis de ozônio seriam afetados pela mudança climática.
Formas de poluição de ozônio, como certos produtos químicos, incluindo óxidos de azoto e compostos orgânicos voláteis têm um aumento da temperatura, quando em contato com a luz solar, o que pode aumentar as reações fotoquímicas, causando dias mais quentes e níveis mais elevados de ozônio. No entanto, há uma grande dose de incerteza na previsão de como a mudança climática vai afetar os níveis de ozônio, segundo o site NASA Goddard Space Flight Center.
Os pesquisadores compararam quatro períodos, o período base de 1961 a 1990, a situação atual de 1990 a 2009, um futuro próximo de 2021-2050 e um futuro ainda mais distante, de 2041-2060.
Ao comparar o período de referência com a situação atual, eles encontraram o maior aumento de mortes relacionadas ao ozônio, ocorrido na Bélgica, Irlanda, Países Baixos e Reino Unido. Comparando o período inicial eo futuro mais distante, o maior aumento, de 10-14 por cento, foi projetado para Bélgica, França, Espanha e Portugal. No entanto, os países nórdicos e bálticos podem ter uma diminuição de 10 a 14 por cento das mortes relacionadas ao ozônio.
Juliana Miranda – Equipe do SitedeCuriosidades.com