Nanofios feitos com um microscópio eletrônico foram desenvolvidos pela Universidade da Tecnologia. O dispositivo atua como uma célula solar que produz combustível em vez de eletricidade.
Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Eindhoven e da Fundação FOM apresentaram um protótipo promissor dessa tecnologia na revista Nature Communications. O fosforeto de gálio empregado no projeto possibilita que a célula solar seja capaz de produzir o gás de hidrogênio, um combustível limpo e sustentável.
O processamento do fosforeto de gálio sob a forma de pequenos nanofios é novo e ajuda a aumentar o rendimento do combustível, garantindo o uso de dez mil vezes menos material. O combustível gerado nesse processo pode ser um substituto extremamente promissor para combustíveis poluentes altamente utilizados na atualidade.
Uma das possibilidades é a de separar a água líquida utilizando a energia elétrica que é gerada (eletrólise). O procedimento pode produzir gás hidrogênio, que pode ser usado como um combustível limpo na indústria química ou em motores de carros.
Célula de combustível Solar
Muitos pesquisadores estão trabalhando na busca de um material semicondutor que seja capaz tanto de converter luz solar em carga elétrica quanto de dividir a água para gerar hidrogênio. O composto de gálio e fosfeto serve como base para leds específicos e pode ser a chave para o futuro dos combustíveis limpos.
Os pesquisadores criaram uma grade de nanofios muito pequenos, medindo cerca de cinco centenas de nanômetros (um milionésimo de milímetro) de comprimento e noventa nanômetros de espessura. Isto imediatamente impulsionou o rendimento do hidrogênio.
De acordo com o líder da pesquisa, o professor Erik Bakkers, o estudo não é simplesmente sobre o rendimento, mas sim sobre as melhorias que ainda precisam ser feitas. Ele ressaltou que “os nanofios que precisavam de um volume dez mil vezes menor de material precioso deram origem a um combustível mais barato”. Além disso, a pesquisa também é uma abertura para extrair oxigênio da água e armazenar temporariamente energia solar, o que, no futuro, pode gerar combustíveis solares eficientes.