Ciências

Novas magníficas imagens mostram detalhes de terremoto abaixo de Seattle

A bacia profunda que se encontra abaixo Seattle é uma fonte de preocupação para os cientistas sísmicos em razão da forma e do material da bacia ampliarem os tremores na região. Os cientistas esperam que novas pesquisas sobre a natureza desta bacia possa ajudar a prever os riscos sísmicos nessa área.

A Bacia em Seattle essencialmente detém complexas camadas de sedimentos. Estas bacias podem prender e concentrar a energia sísmica dentro de si. Isto acontece devido à forma como diferentes materiais conduzem ondas sísmicas – que se movem mais lentamente do que em camadas de sedimentos em rocha sólida.

Esta diferença na velocidade das ondas sísmicas em sedimentos de rocha “faz com que as ondas sísmicas dobrem, exatamente como uma lente curva, e às vezes elas se tornam focadas em uma determinada área”, explicou o pesquisador Andrew Delorey, um sismólogo da Universidade de Washington, em Seattle. Além disso, “as ondas sísmicas, uma vez que entram na bacia, podem ficar presas ali”, disse Delorey.

Simulações de computador tentam prever a existência de pedras no solo. Agora o pesquisador Delorey e seu colega John Vidale desenvolveram um novo modelo para alcançar 2,1 milhas (3,5 km) de sedimentos sob a cidade de Seattle.

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Os cientistas desenvolveram o modelo utilizando dados recolhidos a partir de estações ao redor de Seattle e da Rede Sísmica noroeste do Pacífico. Ao todo, esses dados revelaram novos detalhes sobre a estrutura interna da bacia embaixo Seattle.

Suas descobertas sugerem que existe uma zona a norte da Falha de Seattle, onde as ondas sísmicas viajam lentamente, consistente com a idéia de que ela mantém ligeiramente comprimidas rochas sedimentares. O modelo também sugeriu uma diversidade de características geológicas debaixo de Seattle, incluindo várias sub-bacias hidrográficas ou bolsões de sedimentos.

“Sub-bacias afetariam como as ondas sísmicas se propagam através do subsolo”, disse Delorey. “Imagine ter uma lente de seus óculos, que foi feita de forma irregular – a luz iria dobrar em direções estranhas.”

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Em conjunto, esses resultados poderiam ajudar a prever os níveis de tremores com maior precisão, disseram os pesquisadores. Estudos futuros com sismógrafos poderiam revelar ainda mais detalhes sobre as pequenas características geológicas e as camadas de sedimento para criar mapas melhores com capacidade de prever o perigo.

“Como a quantidade e a qualidade dos dados melhoram, nosso conhecimento dos riscos sísmicos também melhorarão”, disse Delorey.

Delorey e Vidale detalharam suas descobertas na edição de outubro do Boletim da Sociedade Sismológica da América.

Tradução de Juliana Miranda.

Fonte:
Live Science

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