Ciências

Novo experimento aponta para uma bizarra armadilha da Antimatéria

Um novo projeto está em andamento no laboratório de física europeu CERN para produzir versões de antimatéria de prótons e prendê-los para estudo.

A Antimatéria é prima da matéria normal. Para cada partícula subatômica regular, existe o suficiente, em massa igual ou oposta, para a criação da antipartícula. Quando uma partícula e sua parceira antimatéria se encontram, elas se aniquilam umas ao outras para se tornarem energia pura.

De Genebra, na Suíça, baseado no CERN (Organização Européia para Pesquisa Nuclear), encontra-se o lar de outras experiências físicas de famosos cientistas. Lá se encontra o maior acelerador de partículas do mundo – o Large Hadron Collider, ou LHC – e foi lá que aconteceu o experimento OPERA, que recentemente anunciou a detecção de partículas que parecem estar viajando mais rápido que a luz.

O novo projeto, chamado Anel de Baixa Energia Extra Antiproton (ELENA), teve sua reunião no CERN na quarta-feira (28 de setembro). O esforço inclui cientistas do Canadá, Dinamarca, França, Alemanha, Japão, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos.

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A construção do experimento total está previsto para começar em 2013, e os pesquisadores pretendem produzir seus primeiros antiprótons em 2016.

“Elena é uma nova unidade destinada a criar antiprótons com a menor energia a fim de melhorar o estudo da antimatéria,” afirmou Stéphan Maury, chefe do projeto ELENA.

Enquanto experimentos de física de partículas são o foco na aceleração de partículas LHC, ELENA vai usar um anel para retardar seus antiprótons para baixo. Quanto mais devagar as partículas estão se movendo, mais os cientistas serão capazes de prendê-los antes que eles aniquilem as partículas de matéria e desapareçam.

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O anel desacelerador ELENA deve ser capaz de melhorar a eficiência com que os antiprótons ficam presos por um fator de 10 a 100 em comparação com desacelerador existente.

“Este é um grande passo para a física de antimatéria”, disse o cientista Walter Oelert, que tem sido um dos principais patrocinadores do projeto ELENA. “Ir para o baixo consumo de energia extra aumenta a eficiência de armadilhas antiprótons, que não só irão melhorar o potencial de investigação das experiências existentes, mas permitirão também que o CERN possa suportar uma ampla gama de experimentos de antimatéria.”

A primeira descoberta de antiprótons aconteceu em 1955 por pesquisadores que ganharam o Prêmio Nobel. Outro Prêmio Nobel foi para CERN por uma descoberta de 1980 de exóticas partículas regulares de antiprótons. Em 1995, pesquisadores do CERN criaram os átomos de antimatéria pela primeira vez, chamados de antiatomos.

A pesquisa futura sobre o Antipróton deve ajudar os cientistas a compreender a natureza fundamental da matéria e da antimatéria, e pode oferecer esperança para o desenvolvimento de novas terapias de tratamento do câncer.

Tradução de Juliana Miranda.

Fonte:
Live Science

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