O Coronavírus deixou o mundo em estado de alerta. A preocupação generalizada com a saúde da população e as medidas sanitárias adotadas para conter a propagação do vírus colocaram pessoas em quarentena em praticamente todas as localidades do mundo. Esse distanciamento social, o home office e o confinamento em casa já apresentaram um impacto sobre o meio ambiente, reduzindo os níveis de poluição em vários países.
Resultados da pandemia de Covid-19
Muitos especialistas estão alertando sobre a relação do coronavírus e a poluição mundial. A preocupação com o meio ambiente já vem sendo debatida há cerca de 50 anos, mas as pessoas, de uma maneira geral, não sabem que a poluição pode favorecer o contágio com a Covid-19, o novo coronavírus, além de aumentar a taxa de mortalidade.
Porém, como o novo coronavírus “se aproveita” da poluição mundial? Segundo dados de pesquisas, 8 milhões de pessoas morrem, todos os anos, em decorrência de problemas cardíacos e pulmonares. Um dos fatores agravantes é a poluição. Agora, além da poluição, o coronavírus atinge diretamente os pulmões, já que os sintomas mais graves e severos são próximos de uma pneumonia aguda e fatal, principalmente em idosos.
Segundo o especialista Aaron Bernstein, da Harvard TH Chan Escola de Saúde Pública, os fumantes e pessoas que vivem em áreas poluídas estão sendo mais prejudicados quando são contaminados com o novo coronavírus.
Em contrapartida, segundo Marshall Burke, da Universidade de Stanford, nos EUA, o ar menos poluído já deve ter evitado a morte precoce de 51.700 pessoas com mais de 70 anos e de 1.400 crianças nos últimos 5 anos.
De fato, os cientistas querem vincular que as pandemias são uma maneira drástica, porém positiva, de verificarmos que a mudança no nosso modo de vida, métodos de produção de riqueza, meio de transporte e outras soluções que geram a despoluição do ar são importantes para aumentar a longevidade. Basta cruzar os dados para verificar, cientificamente, que existe uma comprovação numérica dessa teoria.
Para Sascha Marschang, secretário-geral interino da Aliança Europeia de Saúde Pública, logo que terminar a pandemia de Covid-19, é necessário a implantação rápida de uma política de remoção dos emissores de poluentes do ar, em especial dos veículos.
Cientistas mais atrevidos chegam a declarar que o Planeta Terra é um dos maiores “beneficiários” do coronavírus, desvinculando a pandemia e o planeta da humanidade.
Crédito da imagem: Reprodução / Youtube / ESA
Em Hong Kong, por exemplo, os especialistas conseguiram verificar, de imediato, que o céu ficou mais azul por causa da quarentena – as pessoas deixaram de sair de carro e, em poucos dias, o ar ficou mais puro. Enfim, parece uma hipótese incontestável.
A qualidade do ar na China melhorou 21,5% quando as pessoas estavam confinadas, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde. São índices elevados, que precisam ser observados e respeitados, de acordo com as autoridades.
A NASA e a Agência Espacial Europeia chegaram a divulgar imagens de satélites que comprovam a redução da poluição causada pelos veículos automotivos que deixaram de circular por causa da pandemia, em especial em razão da liberação constante e excessiva de dióxido de nitrogênio, que foi controlada. Toda essa “despoluição” foi causada pelo coronavírus!
Assista:
A China ainda registrou, até o dia 1 de março, queda de 25% na emissão de CO2 – dióxido de carbono, outro agente causador da poluição do ar. No entanto, os ambientalistas estão preocupados que, por causa do impacto econômico causado pela pandemia, tão logo ela passe, os países comecem a se preocupar apenas em recolocar a produtividade no eixo, voltando a poluir da mesma maneira que vinham fazendo ou até de forma mais intensa.
Fontes: Science alert, CNN, The guardian
Leia também:
Poluição mata 3 vezes mais do que Aids, Tuberculose e Malária juntas