A última segunda-feira começou da forma mais normal do mundo: provavelmente você acordou, conferiu seus apps de mensagens e seguiu com o dia. No entanto, por volta de 11 horas da manhã, usuários começaram a experimentar falhas e, já por volta do 12h, os apps e sites de Instagram, Facebook e Whatsapp já haviam caído por completo.
Muitas pessoas chegaram a pensar que se tratava de um problema com o próprio celular, ou com a rede WiFi. Mas a dúvida logo acabou quando a própria empresa se manifestou e confirmou que estava tendo dificuldades. A queda dos sites, que são as maiores redes sociais e de comunicação do mundo, gerou uma onda migratória: milhões de pessoas criaram conta no Twitter, milhões abriram conta no Telegram e outros apps mensageiros. Houveram ainda aqueles que usaram o famosos, e velho amigos, SMS. O objetivo era um só: se comunicar.
A pane do facebook (que detém Instagram e Whatsapp) levou a uma série de discussões: o quanto dependemos de uma única empresa para fazer o básico. Quando o facebook cai, a vida de todo mundo sofre um pouco. Muitas pessoas dependem das redes para trabalhar, por exemplo. Existem lojas online que existem apenas no Instagram ou Facebook, para citar apenas uma forma de empreendimento que existem nesses apps.
Tudo isso levou ao questionamento óbvio: o que aconteceu? Depois de cerca de 6 horas completamente offline, a empresa precisou prestar contas e explicar aos seus usuários o que estava acontecendo. Ao que tudo indica, o problema aconteceu por uma falha simples. Segundo o facebook, tudo aconteceu por uma falha nos roteadores.
“Nossas equipes de engenharia aprenderam que as alterações de configuração nos roteadores de backbone que coordenam o tráfego de rede entre nossos data centers causaram problemas que interromperam a comunicação. Essa interrupção no tráfego de rede teve um efeito cascata na maneira como nossos data centers se comunicam, interrompendo nossos serviços”, declarou a empresa.
O que isso significa de forma prática? Em poucas palavras, os sites de Facebook, Instagram e Whatsapp, nunca desapareceram, mas deixaram de ser “localizáveis” pelas redes. A falha apagou exatamente o roteamento DNS, que faz com o que o “www.” seja capaz de localizar o site que o usuário deseja acessar. Com isso, foi necessário reiniciar os servidores de rede da empresa para que o DNS fosse reestabelecido.
Teorias conspiratórias
A nota da empresa explica o que teria acontecido para a queda do facebook, considerada a pior desde 2019. Mas isso não satisfez as mentes mais inquietas, e ligadas, no que acontece pelo mundo afora. Acontece que hoje (05), um dia depois da queda do site, Frances Haugen deve testemunhar ao Congresso num caso escandaloso de vazamento de dados privados.
Ele era gerente de produtos do Facebook quando, através do seu grupo Civic Integrity, entregou dados privados do Facebook à jornalistas. O caso resultou em um grande escândalo, que continua sendo investigado. Para alguns usuários, a queda do facebook teria relação com este fato. Vale ressaltar: não há nada confirmado e essa tese não passa de uma teoria.