Imagine chegar em casa e se deparar com o imóvel revirado, itens roubados e, pasmem, uma salsicha meio comida sobre a mesa. Foi exatamente isso que aconteceu com um morador de Gevelsberg, na Alemanha.
O caso foi exposto pelo site The Guardian, que trouxe detalhes sobre o que aconteceu. O homem, que não teve a identidade revelada, acionou a polícia assim que chegou em casa e se deparou com a zona.
Quando a polícia chegou, acabou descobrindo uma prova pouco comum: o assaltante havia comido metade de uma salsicha. O item alimentícia pertencia ao dono da casa, mas ele sabia que não havia comido da salsicha em momento algum.
Assim, a perícia foi capaz de isolar o DNA encontrado na salsicha. Naquele momento, nenhuma correspondência foi encontrada e o caso foi arquivado, sem solução e sem nenhum culpado identificado.
9 ANOS DEPOIS, CASO RESOLVIDO
O alemão que se deparou com sua casa saqueada provavelmente já nem tinha mais esperanças de descobrir quem havia cometido o crime, mas 9 anos depois o mistério foi resolvido.
Um crime cometido na França, sem relação alguma com a invasão a casa alemã, acabou com a prisão de um homem. A polícia francesa realizou os procedimentos padrão e coletou o DNA deste homem.
Imagine a surpresa de todos ao descobrir que aquele DNA já constava no banco de dados, mas na Alemanha. Isto mesmo! Um albanês, de 30 anos, era responsável pela invasão da casa alemã. Ele mordeu a salsicha!
Infelizmente para o dono da casa, o crime já havia prescrito e ele não poderia mais ver o homem preso na Alemanha. No entanto, devido ao crime cometido na França, o albanês acabou sendo preso.
A descoberta só foi possível por dois fatores principais: primeiro o acordo de cooperação entre a União Europeia, que permite o compartilhamento de informações de inteligência, o que possibilitou que o sistema de cruzamento de dados encontrasse o crime de 2012 através do DNA; em segundo, justamente o sistema de cruzamento de dados, que é automatizado, e localiza informações referentes a um mesmo indivíduo.
IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA
O caso em si pode até parecer um pouco bobo, mas chama a atenção. Um cidadão albanês cometeu um crime na Alemanha, foi registrado mas não identificado, e depois descoberto na França.
Essa mesma tecnologia auxilia em muitos casos considerados mais sérios. 12 anos depois de cometer um homicídio, Jerry Westrom acabou sendo pego porque deixou um guardanapo sujo anos depois.
Ele matou, em 1993, Jeanne Ann Childs foi morta com requintes de crueldade. Seu corpo foi encontrado dentro do apartamento onde morava, ela tinha apenas 35 anos. Por anos, o caso ficou sem solução.
A polícia tinha material genético coletado da cena do crime, em 1993. Esses dados apontavam Westroom como possível compatível, mas a polícia precisava de uma evidência que não deixasse dúvidas.
Assim, agentes seguiram Westroom por alguns dias, até um jogo de Hockey. No local, ele comeu um sanduíche e jogou fora o guardanapo. Os agentes conseguiram recuperar o papel sujo do lixo e um teste de DNA provou que o dono da saliva no guardanapo, Westroom, era o dono do material genético encontrado na cena do crime, do homicídio de Heanne Ann Childs. Assim, ele acabou finalmente preso pela morte da mulher.
