Ciências

Por que pessoas boas seguem as ordens do mal?

Pesquisa revela que pessoas bondosas têm tendência a seguir ordens para comportamentos ruins.

Algumas pessoas passam por momentos na vida nos quais são capazes de ligar a chave do cérebro para o mal. Em muitos casos, são pessoas consideradas boas, mas que apresentam uma tendência a seguirem ordens que estimulam comportamentos ruins.

Estudos psicológicos tentam entender por que isso acontece, ou seja, tentam explicar as razões que levam pessoas boas a assumirem comportamentos horríveis. Um novo estudo apresentou uma forma de responder à seguinte pergunta: por que pessoas que são normalmente decentes podem provocar violências terríveis sob ordens?

Na década de 1960, o psicólogo Stanley Milgram horrorizou o mundo, instruindo voluntários a usarem poderosos choques elétricos em cidadãos que tinham falhado em testes de memória. O experimento foi, na verdade, uma ilusão, os choques não eram reais e as “vítimas” eram atores. No entanto, a maioria dos participantes do estudo não parece ter suspeitado disso. Eles realmente pensaram que estavam administrando choques elétricos nas vítimas. Apenas um terço dos participantes se recusou a seguir as ordens.

Cinco décadas depois, o professor Patrick Haggard, da University College London, usou uma nova tecnologia para fornecer uma visão sobre por que as pessoas fariam isso. De acordo com a pesquisa, as pessoas apenas obedecem ordens, sem o senso de realidade entre a ação e o resultado.

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Em um estudo anterior, Haggard fez a observação de que muitas pessoas são mais propensas a pensar que elas foram responsáveis ​​por sucessos do que fracassos. Segundo a revista Current Biology, as pessoas também são estimuladas a agirem por ganância ou sadismo.

“As pessoas que obedecem ordens podem experimentar suas ações como movimentos passivos e não como ações totalmente voluntárias”, afirmou o periódico.

Nos últimos anos, o debate foi reavivado por diversas descobertas da psicologia. O objetivo agora é explicar por que algumas pessoas resistem a ordens antiéticas e outras não.

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