Históricas

Projeto Manhattan – A Primeira Bomba Atômica da História

O Projeto Manhattan foi uma pesquisa que foi realizada na Segunda Guerra Mundial, a fim de que armas nucleares fossem construídas. Saiba mais!

O Projeto Manhattan foi uma pesquisa que foi realizada na Segunda Guerra Mundial, a fim de que armas nucleares fossem construídas.

Esse projeto teve participação direta dos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, que contribuíram para que cientistas elaborassem o projeto, abrigando-o nas fábricas que foram criadas para a construção dos materiais.

Até hoje, é considerado o projeto mais caro de todos os tempos.

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Como foi criado?

Quando começou o conflito europeu em 1939, pouco antes de explodir a Segunda Guerra Mundial, o presidente americano Roosevelt recebeu uma carta escrita pelo cientista húngaro Leo Szilard, assinada por Albert Einstein, que dizia que os nazistas estavam fazendo pesquisas para desenvolver uma arma atômica.

Projeto Manhattan teste nuclear

Com isso, conselheiros do presidente americano tentavam encorajá-lo a ser o pioneiro na fabricação de armas nucleares, principalmente antes dos nazistas.

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No começo, o valor para o investimento foi considerado baixo, mas tinha um grande time de cientistas. Entretanto, o ataque japonês à base de Pearl Harbor fez com que os Estados Unidos entrassem de vez na guerra ao lado de aliados e, com isso, foram desenvolver armas cada vez mais poderosas. Isso fez com que o Projeto Manhattan se tornasse prioritário.

História do Projeto Manhattan

Teve direção do físico americano Julius Robert Oppenheimer e pelo general Leslie Groves. Oppenheimer foi um importante estudioso e era professor de universidades americanas. Seu jeito tímido e introvertido fazia com que seu nome não fosse o melhor para coordenar esse projeto. Entretanto, foi o responsável por 150 mil pessoas que estavam envolvidas direta e indiretamente no projeto.

Alguns problemas científicos foram superados durante a pesquisa, como a separação de átomos de urânio, criando maneiras de obtê-los em quantidade suficiente, como seria o funcionamento do reator, o design da bomba, entre outros.

Todas essas questões precisavam ser solucionadas o quanto antes, pois não queriam que os nazistas finalizassem a sua arma antes dos americanos.
O teste com a primeira arma nuclear foi feito com êxito em 16 de julho de 1945, no deserto do Novo México. Com o sucesso, os cientes continuaram as pesquisas.

Acontece que o cenário de guerra mudou, os alemães assinaram a rendição no dia 8 de maio de 1945, e a paz retornou ao continente europeu. Somente no Pacífico que a guerra continuava e os japoneses se negavam a entregar as armas.

Foi por isso que o presidente americano Truman lançou as bombas atômicas contra os japoneses.

Como justificativa, o presidente disse que uma invasão por terra teria um gasto financeiro alto, além de perdas de soldados e materiais. Com a arma nuclear, seria mais fácil o Japão se render.

Além disso, seria enviado para todos os países o poderoso arsenal americano.

Por dentro do primeiro teste Bomba Atômica da História

Primeiro teste nuclear da história
Teste “Trinity”, deserto de Novo México em Alamogordo, Estados Unidos.

Às 05:29:45 hrs de 16 de julho de 1945, os Estados Unidos explodiram a primeira bomba atômica da história. Este foi o objetivo atingido pelo “Projeto Manhattan”, desenvolver e construir armas nucleares. Julius Oppenheimer dirigia um grupo de cientistas americanos e de refugiados europeus, em Los Alamos, Novo México.

A explosão, experimental, aconteceu no meio do deserto do Novo México, a cerca de cem quilômetros da cidade de Alamogordo. A região era habitada apenas por formigas e escorpiões.

Os cientistas estavam a 32 km. Câmeras e instrumentos de medição, ligados por 800 km de cabos, foram colocados a distâncias de 9 a 18 km do ponto da explosão.

Três horas após o teste, o navio Indianapolis deixou o porto de San Francisco com destino às ilhas Marianas, carregando outro exemplar da bomba. “Little Boy” seria usada em (06/08/45) Hiroshima e Nagasaki(09/08/45).

A bomba de Alamogordo era composta de duas pequenas bolas de plutônio, recobertas por níquel, e em cujo centro estava um núcleo de berílio e urânio.

Para acionar a bomba, haviam explosivos e 32 detonadores. A primeira bomba atômica tinha uma potência de 18,6 quilotons.

A torre de 30 metros de altura desapareceu sob o efeito da explosão; uma cratera de 400 metros de diâmetro foi aberta. Dentro dela, surgiu um material verde e transparente, resultado da fundição dos minerais. A substância foi chamada trinitita, em referência ao ponto do deserto onde ocorreu a explosão, conhecido como Trinity.

A explosão de Alamogordo foi o auge do mais ambicioso projeto norte-americano durante a Segunda Guerra, o Projeto Manhattan.

A idéia de construir a bomba recebeu apoio de importantes físicos da época, inclusive Albert Einstein.

Foi Einstein quem, ainda no começo da Segunda Guerra (1939), escreveu uma carta ao então presidente Franklin Roosevelt sugerindo que os EUA fabricassem a bomba antes que a Alemanha nazista o fizesse. Depois, Einstein se retirou do projeto, dizendo se opor ao uso bélico da energia nuclear.

Em 1944, quando os aliados já haviam tomado a maioria dos territórios ocupados pelos nazistas, descobriram-se documentos que mostravam que os alemães tentaram realmente construir a bomba, mas tomaram o rumo errado em suas pesquisas.

Quando a bomba dos EUA foi testada, a Segunda Guerra já estava encerrada na Europa, e o conflito se restringia ao Pacífico(os EUA contra o Japão). O campo de provas foi transferido do deserto do Novo México para à Ilha do Japão.

Assim, o mundo tomou conhecimento de uma nova arma originada nos laboratórios de pesquisa nuclear.

Término do Projeto Manhattan

O projeto funcionou até 1946, quando foi desativado e transformado na Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos pelo presidente Truman.
Outras duas bombas que foram produzidas, foram explodidas no Atol de Bikini em 1º e 25 de julho de 1946.

Teste nuclear, Atol de Bikini,1946

Os cientistas que participaram desse projeto voltaram a dar aulas nas universidades americanas. Muitos receberam prêmios por suas pesquisas e outros se tornaram defensores da utilização pacífica da energia atômica.

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