Tecnologia

Propriedades do Óxido de Perovskita para a geração de energia elétrica

Estudo concluiu que a substância tem propriedades ferroelétricas, piroelétricas e piezoelétricas. Saiba mais!

Um estudo publicado em janeiro de 2017 mostrou que uma solução de Óxido de Perovskita Fotovoltaico exibiu um perfil ajustável à radiação gama de energia de luz, permitindo sua aplicação tanto na absorção quanto na conversão de energia. Esse óxido tem uma estrutura que pode ser utilizada como material ferroelétrico, piroelétrico e piezoelétrico. [ Veja o Estudo ]

Com essa característica, o estudo sugeriu que a substância pode ser aplicada, em seu estado sólido, para conservar a energia solar, a energia cinética e a energia térmica simultaneamente. As propriedades ferroelétricas, piroelétricas e piezoelétricas foram relatadas na temperatura ambiente.

A investigação também identificou que o elemento tem capacidade de absorção de luz visível. A composição estequiométrica e também a deficiência de potássio desse elemento foram alvo dos estudos dos pesquisadores.

Os resultados da pesquisa foram considerados uma melhoria significativa em comparação com outros estudos feitos com composições diferentes. A partir desses dados, os pesquisadores afirmam que é possível abrir um caminho para o desenvolvimento de sistemas e tecnologias de captação e armazenamento de energia com sensores híbridos, que poderiam converter múltiplas fontes de energia em energia elétrica, simultaneamente e no mesmo material.

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Vale lembrar que a Perovskita já é usada atualmente em células solares.

O que é a Perovskita?

Minério de Perovskita

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A Perovskita é o óxido de cálcio e titânio. Esse mineral é bastante raro na natureza e pode ser encontrado no formato de cristais. O elemento está presente principalmente em rochas metamórficas.

A perovskita foi descoberta por Gustav Rose, no ano de 1839, na região dos montes Urais da Rússia. O óxido tem uma aparência cristalina e conta com o diferencial de ser um material com efeito ferroelétrico, sendo considerado um supercondutor. Por isso mesmo, ele vem sendo estudado como fonte para a geração de energia elétrica.

A energia solar fotovoltaica já vem sendo produzida a partir de células que utilizam a perovskita, sendo ela uma possível fonte alternativa de energia graças às suas propriedades muito particulares de magnetismo e eletricidade.

No Brasil, células solares de perovskita já foram desenvolvidas pela Unicamp (Universidade de Campinas). O material foi considerado mais barato do que o silício e, por isso, os pesquisadores do Instituto de Química (IQ) da Unicamp resolveram produzir as células solares de perovskita, com aplicação voltada para a geração de energia elétrica. A tecnologia se mostrou bastante eficiente. O resultado deste estudo foi apresentado na dissertação de mestrado do químico Rodrigo Szostak.

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