Por volta de 1750, quando a Revolução Industrial começava a ganhar impulso, o ar continha dióxido de carbono (gás carbônico) na proporção de 280 partes por milhão (ppm). Agora ele se aproxima das 360 ppm, um aumento em torno de 30%. O IPCC calcula que, mesmo se as emissões anuais se mantiverem constantes nos níveis de 1994, durante cem anos, as concentrações de CO2 ainda atingiriam 500 ppm no ano 2100, dobrando o nível existente antes da Revolução Industrial. E podem até atingir os 700 ppm.
As análises do ar aprisionado em camadas profundas de gelo mostram que, no auge do último período glacial, há 20 mil anos, as concentrações de CO2 eram cerca de 40% menores que as do nível pré-industrial.
E os níveis de metano mais que duplicaram desde os tempos pré-industriais. Concentrações de nitrogênio aumentaram cerca de 8%. E todos os halocarbonos forma adicionados à atmosfera nas últimas décadas.
Cientistas crêem que o aumento de CO2 seja responsável por 60% do maior aquecimento, tipo estufa, detectado até agora.
E porque o efeito do CO2 é tão grande, a maior parte das preocupações concentra-se nele. A Humanidade despeja 7 bilhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera a cada ano: 5 a 6 bilhões de toneladas com a queima de combustíveis minerais, a produção de cimento e outras atividades que produzem gases, e de 1 a 6 bilhões de toneladas com o desmatamento e as queimadas. Como cerca de 760 bilhões de toneladas já se encontram na atmosfera, quer dizer que o acréscimo é de 1% ao ano, embora recentes índices de aumento sejam ainda maiores.