Esta é uma maneira terrível de conseguir uma tatuagem temporária. Para obter o efeito da imagem reproduzida em seu braço esquerdo, um homem precisou primeiro ser atingido por um raio.
Conhecida como “Figura de Lichtenberg,” em homenagem ao físico alemão que primeiro descreveu um padrão semelhante ao experimentar a eletricidade estática, estas cicatrizes avermelhadas em formato de folhas de samambaia são, na verdade, uma reação da pele a um relâmpago.
Essas marcas são muitas vezes referidas como “raio de flores” ou “raio de árvores.” Elas tendem a ocorrer nos braços, costas, pescoço, peito ou ombros das vítimas de descargas elétricas.
Como o blog de tecnologia “Gear Diary” reportou, Winston Kemp ganhou essa “arte corporal” durante uma tempestade de primavera, quando ele saia para salvar suas abóboras da chuva forte. Ironicamente, Kemp é um eletricista, mas não era parte de seu trabalho entrar em contato direto com uma descarga elétrica.
O rapaz de 24 anos afirma que viu algo brilhante e ouviu algo bater forte no quintal de seu vizinho, mas ele não teria sentido nada.
“Acabei voltando para dentro de casa como se nada estivesse errado. Meu braço doía. Mas eu não vi todas as marcas durante aproximadamente uma hora”, diz o jovem.
Kemp diz que não doeu quando foi atingido pelo raio, mas algumas horas depois, seu braço começou a ficar mais dolorido. Grandes bolhas começaram a se formar em sua pele no dia seguinte, até que sua namorada, uma estudante de medicina, cuidadosamente tratou do ferimento para evitar infecções.
“As marcas são formadas pela transmissão de eletricidade estática ao longo dos vasos sanguíneos superficiais que nutrem a pele,” diz o Dr. Mathew Avram, diretor do Centro de Dermatologia e Laser do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston.
“Elas são o tipo de marcas que, quando um médico vê, logo encaminha o paciente para a emergência, você sabe exatamente que o diagnóstico é um raio”, explica ele. “São fatos incrivelmente raros de se ver”, acrescenta Avram.
O que você tende a ver é uma queimadura superficial na parte superior da pele, diz ele. Se a pessoa estivesse usando uma fivela de cinto, os padrões das folhas de samambaia poderiam ser mais profundas.
Apesar de Kemp não ter ido para uma sala de emergência, Avram afirma que ele poderia apresentar infecções secundárias nas lesões.
Normalmente as marcas vermelhas desaparecem poucas horas depois do relâmpago, mas as de Kemp duraram mais do que isso. É uma boa idéia colocar uma pomada antibiótica ou vaselina sobre a pele afetada várias vezes ao dia até cicatrizar completamente.
Mesmo um mês depois do relâmpago, Kemp disse que ainda sentia “dores aleatórias” descendo o braço esquerdo e sentia a pele macia.
“Isso não é surpreendente”, diz Avram. “Toda vez que há uma lesão na pele você pode obter sensações nervosas e a vermelhidão pode continuar por vários meses.”
Fonte: Msnbc.msn.com, Créditos da imagem: GearDiary.com