A guerra às Emus aconteceu porquê, o bando de emus, chegou aos campos e plantações, e devastaram as plantações e sementes dos fazendeiros locais. A super população de Emus, nesse ponto da história, tinha virado uma praga. Para exterminar a faminta população de Emus, o governo australiano usou seu exército. O confronto e abate dos Emus então ficou conhecido como guerra às Emus.
A Austrália é um país com uma fauna muito variada, desde aranhas gigantes até os famosos dragões de Komodo. Na ilha existem vários animais que se destacam em termos de densidade populacional. Há dois especialmente nocivos: coelhos e emus. Eles se reproduzem muito rapidamente e são ávidos devoradores de plantações agrícolas.
Os emus são aves não voadoras, relacionadas com espécies africanas, de grande tamanho e altura (quase dois metros) e especialmente com a capacidade de correr a cerca de 50 km/h, por mais de uma hora. Essas habilidades fazem delas uma presa muito difícil de se caçar.
O começo da Guerra
O problema com as Emus começa quando um grupo de veteranos australianos e britânicos se instalam em uma região da Austrália Ocidental. Essas famílias procuravam terras para a agricultura, destacando o cultivo do trigo. Eles se aproveitaram de territórios bem abastecidos com água e bom tempo.
De lá, eles começaram a expandir seus domínios. No entanto, os diferentes problemas econômicos e a falta de ajuda governamental fazem com que esses agricultores encontrem sua subsistência em dificuldade. Por outro lado, os emus tinham aumentado sua população de forma desproporcional, causando sua migração em busca de comida (especialmente sementes) e água.
O grande bando de emus chegou aos campos desses fazendeiros e realizou um massacre as suas sementes. Para mortificar ainda mais os fazendeiros, eles mordiscaram e enfraqueceram as barreiras que haviam sido levantadas, na tentativa de frear o outro grande invasor, os coelhos.
Os fazendeiros observavam desesperadamente, enquanto suas plantações estavam arruinadas e, portanto, pediram ajuda ao governo. O primeiro-ministro australiano, Sir George Pierce, decidiu enviar o exército sob o comando do Major Meredith.
Essa medida buscava ajudar os agricultores. As tropas foram treinadas disparando contra alvos em movimento, visando a superexploração da espécie. Pequenos destacamentos armados foram enviados com duas metralhadoras Lewis (com capacidade para 100 balas sem recarga e um alcance de 1000 metros) e reservas de munição que atingiam 10.000 balas. Esperava-se um sucesso total, e a mídia chamou essa operação, pela primeira vez, como “A Guerra do Emu”.
As tentativas de Guerra
A abordagem dos soldados acabou sendo fracassada devido à velocidade em que os Emus percorriam, e estimaram como um ataque que atingiu menos de 300 aves, ou seja, uma grande vergonha para a tropa militar.
A Austrália foi derrotada pelo Emu. Uma segunda invasão das aves, apenas 11 dias após a primeira, provocaria novos movimentos militares, mas em maior quantidade e com mais resolução para obter a vitória. No entanto, a mente tática dos emus foi brilhante e as perseguições dos veículos australianos, com metralhadoras incluídas, costumavam terminar em acidente e com muitos australianos feridos.
As perdas do Emus foram maiores do que na tentativa anterior (2.500 aves abatidas), mas mesmo assim, foram insuficientes para declarar uma esmagadora vitória australiana.